Apenas 21,17% dos brasileiros estão vacinados e 5 milhões não receberam a segunda dose: além do governo negacionista e das patentes que impedem o direito à vacina, trabalhadores encontram outras dificuldades para a vacinação.
segunda-feira 31 de maio de 2021 | Edição do dia
Imagem: Fotógrafos PMJ
Segundo a Folha de São Paulo, a vacinação é retardada em diversos estados por motivos que vão além da falta de imunizantes.
Em Recife, os moradores têm dificuldade de marcar consultas para conseguirem laudos que comprovem comorbidades. A consulta pode demorar até duas semanas na Unidade de Saúde da Família Sítio Grande, onde um dos médicos está de licença por problemas de saúde.
Em Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre, os trabalhadores se deparam com filas enormes, muitas vezes impossibilitando que sejam vacinados naquele mesmo dia, além de encontrarem dificuldades em completar o processo por falta dos documentos necessários.
Além disso, no Rio de Janeiro alguns moradores se recusaram a tomar a vacina oferecida da AstraZeneca/Oxford, a única disponível já que as doses de Coronavac estão sendo reservadas para a segunda dose e ainda sobram poucas doses da vacina da Pfizer.
Nos últimos 30 dias mais de 1,5 milhões de doses foram aplicadas: 900 mil da AstraZeneca, 392 mil da Pfizer e 206 mil da Coronavac.
A falta de vacinas e a lentidão da vacinação é culpa também das patentes das empresas farmacêuticas e do governo Bolsonaro, seus ministros e governadores negacionistas que hoje contabilizam 450 mil mortes.
Leia também: Novos ares de mobilização e a adaptação à agenda da CPI: confiar nas forças da nossa classe e da juventude