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DESEMPREGO | Demissões pela internet: esse é o destino que nos reserva o capitalismo na pandemia

Em meio à crise do coronavírus diversos empresários estão aproveitando a situação dos trabalhadores em home office para realizar demissões em massa virtualmente. Estão apoiados pelas MP’s da morte aprovadas por Bolsonaro que como denunciamos neste diário protegem os patrões e não apresentam qualquer garantia de emprego.

terça-feira 14 de abril de 2020 | Edição do dia

O grande número de demissões que está atingindo em cheio a classe trabalhadora em um momento de forte crise econômica capitalista, que foi aprofundada pela pandemia do novo coronavírus, está trazendo à tona o já conhecido descaso dos patrões com os trabalhadores. Em matéria publicada recentemente no Valor Econômico o número de demissões virtuais, aproveitando a situação dos trabalhadores que estão em home office cresceu vertiginosamente, mostrando que para os capitalistas estes trabalhadores são apenas números.

Trabalhadores da empresa Gympass, um aplicativo ligado à área de academias, relataram centenas de demissões em meio a uma videoconferência com o fundador da empresa, e logo em seguida receberam em seus emails a carta de demissão. Um dos trabalhadores demitidos deu seu relato: “Acho que o pior momento não foi o da demissão em si, mas o momento entre a call com a empresa inteira e o recebimento do e-mail para quem foi demitido”.

A questão é que a patronal está bastante à vontade para seguir demitindo os trabalhadores, justamente por estar apoiada nas MPs da morte aprovadas por Bolsonaro e aplaudidas pelo congresso, governadores e militares e que longe do discurso demagógico de estar “protegendo empregos” facilitam para os patrões atacarem ainda mais as condições de trabalho como mostramos nesta matéria e permitem as demissões em alguns casos deixando essas demissões mais baratas para a patronal.

Isso mostra a clara intenção de Bolsonaro seguir atacando os trabalhadores em meio à pandemia e como é falso seu discurso de que estaria preocupado com a população morrendo de fome, ainda mais quando vemos os bilhões destinados para banqueiros e empresários, que como vemos não garante os empregos, enquanto os trabalhadores informais recebem insuficientes R$ 600,00 para sobreviver. Também não podemos ter nenhuma confiança no congresso que em meio a esta calamidade quer colocar em votação a MP 905, a “MP do trabalho verde amarelo” que nos fará trabalhar até nos domingos entre outros ataques.

Diante desta situação é escandalosa a paralisia das centrais sindicais que há pouco tempo lançaram uma nota onde pedem maior protagonismo do congresso durante a crise, colocando na mão destes golpistas o futuro de nossos direitos, ao invés de apostar na força dos trabalhadores para exigir que neste momento de crise sejam os capitalistas que paguem por ela.

É preciso exigir que as centrais sindicais organizem nossa classe para que lutem por uma plano de emergência onde os trabalhadores possam estar a frente da luta garantindo a revogação destas MPs, a proibição das demissões e todas as medidas verdadeiramente necessárias neste momento para que não sejam os trabalhadores a pagarem por essa crise. Não aceitemos que os lucros estejam acima das vidas e do sustento das famílias. É preciso proibir as demissões já!




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