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IMPUNIDADE | Delegado da PF que isentou Flávio de lavagem de dinheiro conhece família Bolsonaro há sete anos

O delegado federal Erick Blatt, que isentou Flávio Bolsonaro da queixa-denúncia que apurava a imensa evolução patrimonial do senador (432% em 4 anos), possui ligações com o clã Bolsonaro, segundo apontou reportagem da revista Época.

terça-feira 11 de fevereiro de 2020 | Edição do dia

Após ser isentado da prática de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito, o senado Flávio Bolsonaro comemorou:

"Quando a investigação é isenta, só tem esse resultado possível".

Entretanto, segundo reportagem da revista Época, a isenção passou longe da investigação conduzida pelo delegado federal Erick Blatt.

Blatt é diretor da Associação dos Delegados da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Ele e Flávio se conhecem pelo menos desde 2013, da CPI de Tráfico de Crianças da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, onde Flávio era deputado estadual.

Blatt foi convocado para depor, na condição de delegado, e Flávio integrava a comissão.

Mais tarde, em 2016, Blatt recorreu aos Bolsonaro para obter apoio para a PEC da Autonomia, reivindicação da categoria para que a corporação tenha autonomia total em relação ao governo.

Na ocasião, Blatt posou para uma foto com Jair Bolsonaro, no Congresso Nacional. Também fez a mesma foto com outros parlamentares.

É bom esclarecer que Flávio Bolsonaro não se livrou das investigações, essa investigação parcial por parte da polícia federal, foi conduzida a partir de uma queixa denúncia movida após a divulgação de reportagem da Folha que revelou a impressionante evolução patrimonial do senador (432% em 4 anos).

Ainda segue em aberto a investigação do caso Queiroz, da época em que o filho 01 era vereador na cidade do Rio de Janeiro e é acusado de desvio de dinheiro público por meio do esquema conhecido como "rachadinha". Como parte das investigações despontaram diversas relações do atual senador com o submundo das milícias cariocas, tendo empregado diversos nomes ligados às forças paramilitares, entre eles a mãe e a esposa do ex-PM Adriano da Nóbrega, morto recentemente de forma suspeita pelas forças policiais carioca e baianas no interior da BA.

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Adriano da Nóbrega disse a seu advogado que seria assassinado por queima de arquivo




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