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3 anos após o desastre de brumadinho | Defensoria e MP abrem ação tardia contra Vale para indenização a indígenas atingidos por Brumadinho

Depois de 3 anos, só agora a defensoria e MP decidem atuar pela indenização das populações atingidas pelo desastre da Vale em Brumadinho.

terça-feira 14 de junho de 2022 | Edição do dia

Os assassinos da Vale do Rio Doce estão até hoje, 3 anos depois, impunes pelas 270 mortes, sendo 4 ainda desaparecidas, sem contar o dado devastador ao meio ambiente e as vidas das populações que ali moravam. Indenização é o mínimo para uma população que perdeu seu meio de vida, a pesca, cultivo de alimentos, com o Rio Paraopeba totalmente contaminado, fruto de desastre da Vale.

O pedido trata apenas das famílias do povo Pataxó e Pataxó Hã-Hã-Hãe, das aldeias Naô Xohã e Katurãma, o valor atribuído à causa foi de R$ 100 milhões, para fins fiscais.

O governo Bolsonaro é o que menos demarcou terra na história, com uma campanha aberta de perseguição de destruição dos povos indígenas, houve um aumento de 380% das ações pedindo proteção dos povos indígenas e aumento das demarcações que estão a passos lentíssimos, parando. E isso tem gerado muitos questionamentos, inclusive à FUNAI que tem atuado alinhada ao governo.

Saiba mais: Governo Bolsonaro e MPF impedem demarcação de terras indígenas de mãos dadas com o agronegócio

A Defensoria Pública da União (DPU), e o Ministério Público Federal (MPF), requisitaram à Justiça Federal que a mineradora Vale seja condenada a instituir um programa de reparação para famílias indígenas atingidas pelo rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais. Após 3 anos e todos os sofrimentos frente às condições precárias para se manter, apenas agora decidiram entrar com esse requerimento.

Neste último dia 6, o STF (Supremo Tribunal Federal) devolveu para a Justiça de Minas Gerais a competência para julgar 16 executivos da Vale e da empresa de consultoria Tüv Süd pelo caso.

Com a decisão, existe a possibilidade de irem a júri popular em Brumadinho, acusados pelo Ministério público de Minas pelo homicídio doloso (quando há intenção de matar) das 270 vítimas da tragédia.

Saiba mais: Vale intimida aldeia indígena em Brumadinho mantendo seu legado devastador socioambiental

Essas comunidades e famílias seguem na luta por reconhecimento, demarcação de suas terras e recomposição da vida, a Vale precisa ser responsabilizada já, está mais que claro que o único desastre é a sede de lucro capitalista que seguem negligenciando vidas em detrimento de seus saldos.

É necessário unificar as lutas de forma independente da direita, para derrotar Bolsonaro, para garantir a demarcação e o direito à vida dos povos indígenas, quilombolas e famílias da região.




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