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GOVERNO CRIVELLA | Defensor da pena de morte é nomeado e exonerado na SDH do Rio

quinta-feira 19 de janeiro de 2017 | Edição do dia

Arthur Fuks mal foi nomeado e já teve sua exoneração anunciada. O advogado, que integraria a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos pegando a Secretaria de Inclusão Produtiva (uma secretaria dentro de uma secretaria, um dos malabarismos de Crivella para dizer que cortou gastos com pessoal), usava de seu perfil pessoal no Facebook para propagar mensagens contra os direitos humanos, defendendo pena de morte, prisão perpétua para crianças, e se manifestou até contra o vale-transporte para as famílias dos presidiários.

Uma das mensagens dizia: "Sou a favor de reintegrar o bandido a sociedade - Os órgãos vão para adoção, o esqueleto vai para escola de medicina e o que sobrar vai pra adubo."

Na outra, uma imagem da página BOPE Tropa de Elite, uma criança negra com uniforme de presidiário com os dizeres: “12 anos de idade pegou prisão perpétua por matar mendigo. Você gostaria de ver isso no Brasil?”, ao que Fuks adicionou “Ia fazer uma limpa boa na pivetada” (sic).

Compartilhando uma reportagem sobre a aprovação de uma lei para conceder vale-transporte para famílias de presos, Fuks diz o seguinte: “Que vergonha Alerj, a dupla de deputados maconheiros sempre defendendo a vagabundagem !!!!!!!!”.

As “opiniões” de Artur, que eram públicas até o momento em que ele apagou seu Facebook, vieram ao conhecimento através de denuncia online pelo perfil da vereadora Marielle Franco (PSOL). Ao tomar conhecimento das postagens Teresa Bergher (PSDB), Secretária de Assistência Social e Direitos Humanos nomeada por Crivella, anunciou que o exoneraria.

Ao jornal O Globo, Bergher declarou que “não podia saber que ele pensava assim. Não consulto rede social para nomear pessoas. Ele é de ótima família. O pai é um excelente cardiologista que inclusive é médico de muita gente do meu gabinete.”, dando pistas de que forma os secretários são indicados na gestão do Crivella.

Também ao Globo, Bergher declarou que já pretendia exonerá-lo, porque ainda não havia se apresentado para trabalhar. Ou seja, esperava receber sem trabalhar, sendo indicado ao cargo por relações pessoais com os políticos, exatamente o que Crivella disse demagogicamente que ia acabar. Com isto Fuks apenas deu o exemplo de que o termo “vagabundo” é 99% das vezes usado por aquelas mesmas pessoas que dependem do trabalho dos outros para viver.




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