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FUTEBOL NA PANDEMIA | Defendendo a Globo e os patrocinadores, presidente da CBF diz que o futebol não vai parar

Em reunião com presidentes de diversos clubes, Rogério Caboclo, presidente da CBF, disse que não iria parar o futebol, mesmo em meio ao pico da pandemia, por que a Globo e os patrocinadores seriam contra.

terça-feira 23 de março de 2021 | Edição do dia

Rogério Caboclo e Jair Bolsonaro (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

O pedido de paralisação do futebol foi feito inclusive por pessoas do meio, como por exemplo o técnico Lisca, do América-MG. Além disso, os estados de São Paulo e Minas Gerais, além da cidade do Rio de Janeiro, proibiram partidas de futebol como parte de seus decretos de fechamento das atividades.

Mesmo assim, a CBF anunciou que vai manter o futebol, para garantir os lucros da Globo, que detém os direitos de transmissão, e dos patrocinadores. Na reunião, a fala de Caboclo foi aplaudida por Francisco Battistoti, presidente do Avaí, de Santa Catarina. Federações estaduais também têm mantido os campeonatos estaduais apesar das restrições. Com a proibição de partidas no estado de São Paulo, a Federação Paulista decidiu que partidas irão ocorrer em Volta Redonda, no interior do estado do Rio de Janeiro, depois de cogitar fazer partidas em Minas Gerais. Situação similar ocorreu com a Copa do Brasil, que mudou partidas de estado buscando um lugar onde o futebol ainda estivesse liberado.

Veja também: 270 mil mortos: À quem interessa manter o futebol rolando nesse momento?

Na situação atual, o futebol é um local de contágio para o coronavírus, como fica explícito pelos surtos de Covid que ocorreram em times como Palmeiras, Corinthians e outros desde o ano passado. Além disso, enquanto não são feitos testes massivos na população, são gastos centenas de testes por semana para manter funcionando apenas as primeiras divisões dos campeonatos estaduais.

A fala de Caboclo é uma demonstração clara do que é o futebol profissional hoje: colocar em risco jogadores e comissão técnica para disputar partidas em estádios vazios, com o único intuito de garantir lucros para federações, cartolas, patrocinadores milionários e emissoras de televisão.




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