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ABC PAULISTA | Decreto de calamidade financeira, desvios na merenda e demissões marcam cenário em Mauá no ABC

segunda-feira 23 de julho de 2018 | Edição do dia

A grave crise de um dos municípios mais pauperizados do ABC parece não ter fim.

Mauá, que está sendo administrada pela vice-prefeita Alaide Damo (MDB) desde maio, quando o prefeito Átila Jacomussi (PSB) fora detido, por lavagem de dinheiro e desvio de verbas da merenda da cidade, agora conta com um corte de professores 5 dias antes do término de seus contratos, além da recente demissão de servidores da saúde e do decreto de calamidade financeira.

83 professores que haviam sido admitidos em julho do ano passado, por meio de contrato de trabalho de seis meses – prorrogável pelo mesmo período, acabaram por ser dispensados antes do prazo previsto. Além do fato de se tratar de contratos precários, estes professores ainda sofrem uma demissão arbitrária, que é parte da calamidade financeira que o município vivencia, mas que está provavelmente relacionada com a corrupção da gestão de Átila, que já obteve um habeas corpus concedido pelo ministro do STF, Gilmar Mendes e está solto há mais de um mês.

Conforme os professores, a expectativa era a de que todos os contratos fossem prorrogados novamente, até a conclusão de um novo processo seletivo público para reposição do quadro, previsto para ocorrer nos próximos dias. Porém, sequer algum trabalhador fora chamado para negociação.

O decreto de calamidade financeira diz que a cidade está endividada e que a arrecadação não tem sido suficiente para cobrir as despesas obrigatórias, os programas e ações de governo. Houve em junho o cancelamento de todas as cirurgias no Hospital Nardini por falta de material, priorizando-se as emergenciais..

Quem está pagando a conta da dita calamidade financeira decretada são os professores e a população de Mauá, um dos municípios que já é um dos mais pauperizados do ABC e da grande São Paulo. Entre os servidores do município há uma assembleia agendada para a próxima quarta (25/7), frente a falta de reajuste salarial do atual cenário.




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