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Nesta quarta-feira, 11 de novembro, os centros acadêmicos de Serviço Social, Economia, Ciências Sociais e Artes Visuais da PUC Campinas realizaram um debate sobre o PL 5069 de autoria de Eduardo Cunha e Padre Ton do PT

terça-feira 17 de novembro de 2015 | 00:19

Nesta quarta-feira, 11 de novembro, os centros acadêmicos de Serviço Social, Economia, Ciências Sociais e Artes Visuais da PUC Campinas realizaram um debate sobre o PL 5069 de autoria de Eduardo Cunha e Padre Ton do PT. A roda de conversa contou com a presença das convidadas Tuany Gasparino do coletivo Juntas, Marie Castañeda do grupo de mulheres Pão e Rosas e Victoria Ferraro, do Movimento Mulheres em Luta. A mesa teve uma abertura em saudação às mulheres que foram às ruas nas últimas semanas, aos petroleiros em greve e ao levante de secundaristas contra a reorganização das escolas.

O debate, que foi marcado em uma sala reservada dentro do campus I da universidade teve uma alteração de lugar poucas horas antes porque a reserva havia “sumido”. Com um boicote claro ao evento e a qualquer atividade de mobilização, os estudantes realizaram o debate em uma área externa com intimidações de seguranças do Campus.

Com as ruas tomadas pelas mulheres nas últimas semanas contra o PL 5069, pelo direito ao aborto e ao próprio corpo, fez-se mais do que necessário discutir o tema na universidade.

O debate iniciou com a exposição do absurdo que se trata o PL 5069, onde as mulheres que sofrerem violência sexual serão obrigadas a passarem primeiro em delegacias para comprovar a agressão para depois receberem atendimento médico, além da proibição dos métodos legais de emergência como a pílula do dia seguinte.

Ao longo do debate foi colocada a importância de fortalecer esse grito feminista que vem rompendo um silencio de anos de opressão e que tomou às ruas nessas últimas semanas, levando para cada local de trabalho e estudo a necessidade de se somar a esse levante de mulheres para se necessário passarmos por cima do cadáver de Eduardo Cunha e derrubar esse PL, mas também para arrancar nosso direito ao aborto legal, seguro e gratuito, assim como a educação sexual para decidir, relembrando que a “emenda da opressão” vem tentando retirar as discussões de gênero das escolas.

No debate também foi fundamental apontar que ao mesmo tempo em que Eduardo Cunha é uma figura conservadora que quer retirar os direitos das mulheres, não podemos fechar os olhos para os 13 anos de governo do PT que manteve o aborto ilegal pelos seus acordos com a bancada evangélica e os setores conservadores. Foi colocada a importância de lutarmos contra o PL 5069, mas jamais nos esquecendo de desmascarar que as demandas das mulheres jamais estiveram em hierarquia para o governo do PT.

O debate se encerrou com um chamado às estudantes para se apoiarem na força desse levante de mulheres, lutando por cada direito e contra todas as formas de opressão. Para que mais nenhuma mulher morra por abortos clandestinos, pelo nosso direito à maternidade, pelo direito de andar livremente nas ruas, contra a homofobia, o racismo e contra o capitalismo, onde só seremos plenamente livres com a extinção desse sistema de exploração.




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