Joice Halssemann, em seu primeiro discurso reacionário durante o debate veiculado pela Band na última quinta-feira (01/10), afirmou que era necessário "trazer as Igrejas para dentro da Prefeitura para que elas possam trabalhar junto com a prefeitura".
sábado 3 de outubro de 2020 | Edição do dia
Foto: Reprodução TV
A candidata, renegada pelo bolsonarismo no início do ano, após disputas com o clã Bolsonaro, fez questão de mostrar sua aptidão em ser a cara da extrema-direita lavajatista conservadora paulista, que marcharam pela paulista em 2016 para aplicar um golpe institucional e passar ataques como a reforma da previdência e trabalhista, disputou os votos da base bolsonarista que foi indicada por Bolsonaro a votar em Russomanno.
Desta forma, enfatizou que o problema dos dependentes químicos que se concentram na região em torno da Luz deveriam ser resolvidos com polícia, Igrejas e internações compulsórias.
A fala da lava-jatista fez uma entusiasta defesa da intromissão das Igrejas no Estado, um ataque direto contra a laicidade, fazendo coro com o Governo Bolsonaro que a rejeitou.
O problema da dependência química não é resolvido com polícia, religião e muito menos a internação compulsória e a consequente formação de manicômios que, pelo Brasil, são geridos por fundamentalistas cristãos. É necessário lutar contra a miséria para que a população trabalhadora tenha perspectiva de vida e assim garantir condições de emprego e uma vida digna. O tratamento digno para a recuperação e reinserção dos dependentes químicos na sociedade depende diretamente da luta contra os ataques que os capitalistas reacionários como Joice Halssemann implementaram com o golpe de 2016 e os que Bolsonaro continua a aplicar.