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ELEIÇÕES 2018 | Debate Gazeta pós facada de Bolsonaro

O debate eleitoral da Gazeta Estadão que ocorreu dias depois do atentado contra o candidato Jair Bolsonaro, foi marcado por discurso de diversos candidatos por pacificação e contra a polarização instalada no Brasil. Os candidatos que deram mais enfâse em pacificar o país foram Geraldo Alckmin do PSDB, Marina Silva da Rede e o candidato Henrique Meirelles do MDB.

Maíra MachadoProfessora da rede estadual em Santo André, diretora da APEOESP pela oposição e militante do MRT

segunda-feira 10 de setembro de 2018 | Edição do dia

Seguindo na mesma linha, o candidato Alváro Dias cinicamente disse que o atentado contra Jair Bolsonaro é um ponto fora da Curva nestas eleições, escondendo o fato estas eleições são diferentes pelo fato de estar manipulada pelo poder Judiciário, que quer escolher a dedo o próximo presidente. Depois seguiu a linha dos demais dos candidatos em pregar a pacificação da sociedade, dizendo que violência não leva a lugar nenhum.

A verdade é que, apesar, do importante repúdio de atentados individuais, não dizem nada sobre as mortes cometidas por policiais, cotidianas nas favelas do RJ, que se reforçam com a intervenção federal o qual o PDT de Ciro Gomes apoiou.

O golpismo e a extrema direita, como se expressou no debate, pressionam cada vez mais por ataques à classe trabalhadora e a população. Na demagogia falam de crescimento do emprego e mais investimentos em saúde e educação. Contudo, sabemos que diversos partidos como PSDB de Alckmin, MDB de Meirelles e mesmo Bolsonaro foram a favor da PEC do teto dos gastos, e querem continuar pagando a fraudulenta dívida pública que saqueia trilhões todo ano para o imperialismo.

Querem um melhor cenário para aplicar os ataques contra a classe trabalhadora e demais setores populares da sociedade. Qualquer candidato da ordem que vença estas eleições, será aquele que aplicará estas medidas, uma vez que para resolver a crise econômica ou pagam os capitalistas ou pagam os trabalhadores.

Eles não tem medo dos setores reacionários que Jair Bolsonaro alimenta, mas sim dos setores de esquerda que possam se enfrentar contra estes ajustes que estão por vir. Tanto é que debates como a privatização dos correios e também sobre o ’’fim da ideologia’’ nas escolas que o Meirelles colocou entram em cena, mostrando a intenção dos candidatos em desferir ataques a esses setores, mesmo que apliquem estas medidas em distintas velocidades.

Além do mais, o debate ficou marcado por inúmeras demagogias em torno da questão da mulher, da desigualdade social e da questão do Museu Nacional do Rio de Janeiro, mas sem responder com que programa se combate estes problemas, não podendo até o fim lutar contra eles.

Este é mais um debate de uma eleição que é manipulada pelo Judiciário, onde meia duzia de juizes que não foram eleitos por ninguém querem sequestrar o voto popular. Não apoiamos o PT e o Lula, mas somos linha de frente em defesa da população ter o direito elementar de escolher o seu próprio candidato.




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