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CAMPANHA NEGACIONISTA DE BOLSONARO | Custo da campanha de Bolsonaro contra a quarentena pagaria 10 mil dias de internação no SUS

Governo prefere gastar R$ 4,8 milhões com propaganda negacionista do que melhorar a estrutura dos hospitais.

sexta-feira 27 de março de 2020 | Edição do dia

Imagem: Reprodução

Conforme divulgado pela Coluna de Guilherme Amado, da Revista Época, a campanha O Brasil Não Pode Parar" - vai custar em torno de R$ 4,8 milhões (R$ 4.897.855,00). A contratação foi classificada com emergencial e, por esta via, realizada sem licitação. A agência contratadas é a iComunicação.

O dinheiro que Bolsonaro está gastando para propaganda de sua linha obscurantista e negacionista da ciência pagariam 9926 diárias, mais ou menos, do tratamento necessário às pessoas com complicações do coronavírus.

O gráfico acima, colhido do site auditasus.com.br revela que a diária de internação para a Pneumonologia sanitária (tisiologia), que a pessoa com complicações do coronavírus deve recorrer, custa em média R$ 483,54 reais no Sistema Público de Saúde, em um cálculo de 2019. O Negacionismo de Bolsonaro menospreza previsões de centenas de milhares de mortos se país não tomar medidas contra o coronavírus. Para o Governo, lucros dos empresários estão acima da vida.

Um decreto de Bolsonaro autorizou a Secom a fazer a contratação com dispensa de licitação. A Secom avaliou três propostas. O martelo foi batido por Carlos Bolsonaro. Fabio Wajngarten ainda se recupera do coronavírus.

O governo se prepara para colocar no ar possivelmente já amanhã na Televisão. No vídeo, que já circula no whatsapp, afirma o narrador: “Para os pacientes das mais diversas doenças e os heróicos profissionais de saúde que deles cuidam, para os brasileiros contaminados pelo coronavírus, para todos que dependem de atendimento e da chegada de remédios e equipamentos, o Brasil não pode parar. Para quem defende a vida dos brasileiros e as condições para que todos vivam com qualidade, saúde e dignidade, o Brasil não pode parar".

Com essa linha genocida, Bolsonaro aprofunda sua diferenciação com a política dos governadores. O presidente vem se contrapondo a eles, seguindo de forma cega Trump, se mostrando um verdadeiro capacho. Desafia as evidências sobre o vírus e desafia todo restante dos trabalhadores e da classe média que batalha para conseguir minimizar os riscos de contágio. Ontem, esbanjando ignorância, afirmou “Na lotérica tem um vidro blindado. Não vai passar o vírus ali”.

Por outro lado, a linha dos governadores e do congresso também não é nenhuma alternativa para o país. Aprofundar o isolamento individual sem que hajam testes massivos para amplas parcelas da população é como navegar sem um GPS. Ou seja, temos essa tecnologia e o estado poderia girar todas as suas forças para realizar uma quarentena que seja racional, mas prefere seguir o método que ignora a tecnologia de colocar a todos em quarentena.

O dado de que 80% dos infectados pelo coronavírus confirma a necessidade de testar não só os que apresentam sintomas. Dessa forma, é possível obter uma capacidade superior de planejamento para todo o resto da economia que deve girar todos os esforços para que hajam leitos, mascaras e respiradores para os infectados. As fábricas e toda a capacidade produtiva do país precisam alterar sua produção para garantir a demanda, sob controle dos próprios trabalhadores.




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