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CORRUPÇÃO | Cunha se nega a comentar bloqueio de suas contas na Suíça

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se negou mais uma vez a comentar a suposta existência de contas na Suíça em seu nome ou tendo seu nome como beneficiário.

quarta-feira 7 de outubro de 2015 | 00:00

Questionado pela segunda vez sobre o assunto nesta terça-feira, 6, quando chegou à Câmara, o peemedebista encerrou a entrevista afirmando que não iria comentar. "Não vou falar sobre isso."

A Procuradoria da Suíça confirmou que Cunha foi informado formalmente sobre o congelamento das contas das quais ele é beneficiário. Segundo fontes próximas ao caso de Cunha no Ministério Público suíço, o parlamentar foi informado sobre o bloqueio das contas "há um bom tempo".

O primeiro contato sobre o ocorrido teria sido realizado pelo próprio banco, que tem o dever de informar ao cliente o que ocorre com suas contas e sua relação com a Justiça. Conforme fontes, ele também teria sido oficialmente informado pela Justiça da Suíça sobre os motivos do congelamento.

Outras contas

Investigadores da Operação Lava Jato apuram ainda se o presidente da Câmara mantinha outras contas no exterior além daquelas já identificadas e bloqueadas pelas autoridades suíças.

Em março, durante depoimento à CPI da Petrobras, o presidente da Câmara negou que tivesse contas no exterior. "Não tenho qualquer tipo de conta em qualquer lugar que não seja a conta que está declarada no meu Imposto de Renda", disse ele na ocasião.

Cunha foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é acusado de receber propina de US$ 5 milhões em contratos de navios-sonda da Petrobras. O peemedebista nega.

As contas bancárias na Suíça e em outros países considerados "paraísos fiscais" são meios para esconder dinheiro de origem geralmente ilícita e pagar menos impostos.O caso de Eduardo Cunha é mais um exemplo de como o atual Congresso e toda a política burguesa não representam os interesses dos trabalhadores. Diante de uma crise econômica em que bilhões de reais foram cortados de áreas como educação, saúde e moradia, e na qual direitos trabalhistas estão sendo atacados, o presidente da Câmara dos Deputados (que, como os outros deputados, recebe salário de mais de 30 mil reais) mantém contas milionárias no exterior.

O ajuste fiscal promovido pelo governo federal (PT), com apoio do PMDB e PSDB tem piorado as condições de vida dos trabalhadores e restringido o acesso a direitos básicos, como a educação. Os partidos da burguesia, que hoje adotam uma prática em conjunto de aplicar o ajuste sobre as costas dos trabalhadores e da juventude, tiveram parlamentares denunciados pela Operação Lava Jato.

Além de dirigirem o Estado como um balcão de negócios das empresas, deputados e senadores do PT, PMDB, PSDB e outros partidos dos patrões, lucraram com propinas em contratos fraudulentos envolvendo a Petrobras e empresas contratadas por esta. Enquanto precarizam a vida de milhões de pessoas, Cunha e seus aliados assaltam e enriquecem com o patrimônio público da Petrobras.




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