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Cúmplices da devastação de Bolsonaro, deputados e senadores acumulam quase 200 mil hectares de terras Amazônia e Matopiba

Estudo feito pelo De Olho nos ruralistas mostra que parlamentares acumulam terras na região da amazônia e da Matopiba (formado pelo estado do Tocantins e partes do Maranhão, Piauí e Bahia). Ao todos, deputados federais acumulam cerca de 34, 9 mil hectares de terra, espalhados por 13 estados, senadores acumulam no total 107,8 mil hectares, apesar de serem numericamente menores (81 para 513), os suplentes dos senadores concentram outros 37,5 mil hectares.

segunda-feira 26 de agosto de 2019 | Edição do dia

Fonte: De Olho nos Ruralistas

Entre os parlamentares latifundiários se destacam a senadora Katia Abreu (PDT), a conhecida Moto Serra de ouro e seu filho senador Irajá Abreu (PSD), suas posses não constam nos dados pois estão registradas em nome de suas empresas o que os permite não declarar as posses. Dentre os proprietários o com maior quantidade de terras é o senador Jayme Campos (DEM) com um total de 43,9 mil hectares. Esta primeira foi ministra do governo Dilma e o segundo teve denúncias de trabalho escravo em suas fazendas.

Ao todo, segundo os dados declarados, os deputados federais possuem 43,9 mil hectares, enquanto os senadores, apenas 81, possuem mais que o dobro: 107,8 mil hectares. Essa área pode ser ainda maior, porque muito dos congressistas não informam o tamanho nem a localidade das suas propriedades em suas declarações de bens.

Os dados coletados nos mostram o enorme interesse do congresso no agronegócio, visto que são investidores e possuidores de terras. Diante do desastre capitalista que é a queimada enorme que ocorre na Amazônia, vemos o quanto o governo Bolsonaro legitima e endossa atitudes como essa que destroem o meio ambiante para satisfazer a gula capitalista e esses dados nos mostram diretamente quem são os maiores interessados nessa destruição.

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Vale lembrar que nos últimos anos o agronegócio ganhou muito espaço no mercado nacional, chegando a representar 25% do PIB, isso as custas de trabalho análogo a escravidão, enorme áreas de desmatamento além dos embates com povos originários, por mais terras e mais lucros. A barbárie capitalista figurada na amazônia em chamas,escancara até onde o agronegócio é capaz de chegar para manter sua sede de lucro. Aliado ao Imperialismo, que nesse momento vem com demagogias em defesa da amazônia, mas que na verdade só busca mais caminhos para subjugar os trabalhadores brasileiros, os latifundiários (em grande parte parlamentares) aproveitam-se desse governo de extrema-direita, subserviente ao imperialismo e disposto a tudo para descarregar a crise capitalista nas costas dos trabalhadores, para avançar cada vez mais na exploração da nossa força de trabalho e destruir nossos recursos naturais em prol de seus privilégios.

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Para combater o descaso com nossos recursos naturais e se enfrentar com o governo Bolsonaro é necessário um programa anticapitalista que imponha a imediata suspensão de todos os repasses financeiros bilionários do Plano Safra aos latifundiários e sua imediata aplicação em planos de combate ao incêndio, reflorestamento e gestão das florestas. É necessário uma reforma agrária radical que desmantele o latifúndio o país, distribuindo terra a quem deseja trabalhar e que garanta autonomia e integralidade das terras indígenas e quilombolas.




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