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TOMA LÁ, DÁ CÁ | Crivella pede contrapartida na venda da CEDAE, depois de colocar a GM a serviço de Pezão

terça-feira 21 de fevereiro de 2017 | Edição do dia

Em comício na Pavuna, Crivella pediu a contrapartida pelo apoio que seu partido, o PRB, deu a Pezão na ALERJ e nas ruas do Rio, seja com os três votos a favor da privatização, seja com as tropas da Guarda Municipal colocadas à disposição para a repressão junto à Tropa de Choque, contra os trabalhadores da CEDAE e estudantes que lutavam contra este ataque.

Crivella começa a cobrar o preço por apoiar a privatização, dizendo que Pezão tem que negociar com o Rio e os outros municípios como deverá ser este processo, baseando-se na constituição que dá autonomia aos municípios para decidir sobre saneamento básico e água. (VEJA AQUI a lista dos deputados que votou à favor de privatizar)

Crivella disse em comício ontem (20) que município do Rio deve “ser ouvido” no processo de privatização da CEDAE. Algo muito distante do que ocorria no mesmo dia por responsabilidade da própria prefeitura do Rio fez, que liberou o GOE – Grupamento de Operações Especiais da Guarda Municipal – para reprimir trabalhadores da CEDAE e estudantes contrários à privatização. O que o Crivella quer é “o dele”, por ter prestado este socorro à Pezão. Estão todos unificados para atacar trabalhadores e o povo pobre, desde o governo Federal enviando Tropas da Marinha e do Exército para liberar a polícia de Pezão que reprimiu brutalmente no dia de ontem (20), com balas de borracha perfurante, perseguições de moto, bombas de gás, tudo para aprovar a venda da água de todos cariocas para empresas capitalistas lucrarem.

Veja no vídeo que a Guarda Municipal de Crivella adquiriu poder de polícia do dia para a noite, prendendo um estudante:

Segundo a constitução, na realidade, cada município deveria decidir sobre o que fazer com a empresa. Mas a corja de citados em escândalos de corrupção na ALERJ, o governador Pezão com mandato sendo cassado, e Crivella interessado em barganhar seu apoio, se juntaram para aprovar a privatização da velocidade exigida pelo golpista Temer, passando por cima de qualquer obrigação legal dos governos.

Até o terreno da CEDAE foi usado pela Guarda de Crivella para garantir a repressão a quem se manifestasse contra.

Estão todos unificados no ataque aos trabalhadores e o povo pobre carioca e fluminense, essa é a realidade. Por isso, como disse Carolina Cacau: Freixo e os parlamentares do PSOL precisam colocar a projeção pública que tem, a confiança política que conquistou, a serviço de organizar os trabalhadores em cada local de trabalho e os jovens em cada local de estudo, a começar pelos que estão em luta na UERJ, na CEDAE, na saúde pública. Os sindicatos do MUSPE, as centrais sindicais como CUT e CTB, o sindicato dos trabalhadores da CEDAE como o SINTSAMA, mas também o STAECNON e o STIPDAENIT, tem que colocar sua capacidade de mobilização a serviço de organizar essa luta pela base. Não basta reuniões de dirigentes e pequenas assembleias para construir uma unidade capaz de barrar os ataques. É preciso unir a força dos parlamentares e dos sindicatos para convocar milhares de ativistas em cada local para discutir os rumos da luta, suas ações coordenadas e nosso programa pra vencer.

Leia mais: Com fuzil na mão, polícia ocupa estação da CEDAE para impedir organização dos trabalhadores




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