Em nota feita por múltiplas secretarias do estado, foi alertado o perigo da água do rio Paraopeba à saúde humana e animal, em decorrência da lama tóxica derramada sob a responsabilidade da Vale.
quinta-feira 31 de janeiro de 2019 | Edição do dia
Nota publicada na quinta-feira (30), sem maiores detalhes, as secretarias de Saúde (SES-MG), de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) informaram riscos de contaminação na água por conta de metais como alumínio, cádmio, cromo, chumbo, boro, vanádio, bário e níquel, algo que era de se esperar já que o fluxo do lixo industrial segue no curso do rio, ainda que sua velocidade esteja diminuindo gradativamente.
Fonte: G1 e CPRM/Serviço Geológico do Brasil
Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde de Minas Gerais, diversos sintomas podem ser sentidos como decorrência do consumo da água, como: náuseas, vômitos, coceira, diarreia e tontura. E por conta do abastecimento de água do Paraopeba, cerca de 20 municípios estão de alerta para não utilizar tal recurso hídrico e ficando a mercê da Vale, onde o estado mineiro determinou que a empresa deve fornecer água potável à todas as comunidades atingidas.
Essa é só mais uma das consequências de um crime ambiental cometido pela empresa Vale, onde o fornecimento de água, recursos básicos e indenizações às vítimas é o mínimo que pode ser feito por uma mineradora que tem sangue humano e animal despejado em seus lucros. Mas, mais que isso, é preciso lutar pelo confisco dos bens e recursos da empresa e pela reestatização da Vale, sem indenização, sob gestão dos trabalhadores e da população, visando um modelo transitório para uma prática mineratória sustentável e não predatória às vidas humanas e ao meio ambiente, diferente da que existe hoje movida pela ganância dos lucros capitalistas.
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