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INDÚSTRIA | Crescimento industrial de apenas 0,1% contraria otimismo dos golpistas

Dados do IBGE mostram que a produção industrial cresceu apenas 0,1% em fevereiro deste ano, se comparado ao mês anterior. Comparado com o mesmo mês de 2016, o índice recuou 0,8%.

quarta-feira 5 de abril de 2017 | Edição do dia

Contrariando as expectativas mais otimistas para o setor industrial no Brasil, que previam o crescimento de cerca de 1%, o resultado divulgado ontem pelo IBGE mostra que a produção industrial cresceu apenas 0,1% em fevereiro deste ano se comparado a janeiro de 2017.

A pesquisa revela ainda uma importante contradição entre os diversos setores da indústria brasileira, já que houve queda em setores que refletem diretamente no consumo das famílias, como higiene, limpeza e alimentos por exemplo. A queda nestes setores é uma indicação de que a taxa de desemprego ainda é alta e compromete dramaticamente a renda da família de milhões de trabalhadores e trabalhadoras no Brasil.

Mesmo com as projeções mais pessimistas se apresentando no cenário real, o site da Folha de São Paulo esbanja um relativo otimismo com a matéria “Indústria deixa para trás o pior da recessão, mas a recuperação é lenta” numa tentativa de forçar um otimismo num período em que são orquestrados os maiores ataques da história da classe trabalhadora brasileira.

Seguindo neste mesmo otimismo forçado, o governador do PSDB de São Paulo, Geraldo Alckmin expressou nesta terça feira, 4 de abril, que “estamos num cenário de recuperação lento, mas consistente”.

No entanto, a implementação de projetos reacionários pelo governo golpista de Michel Temer, como a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista, podem impactar diretamente os índices de crescimento da indústria através de uma mão de obra mais precária e barata para as grandes empresas.

Com a lei da terceirização aprovada, algumas indústrias que até então ofereciam uma relativa renda aos seus trabalhadores, poderão simplesmente substituir a sua mão de obra por trabalhadores terceirizados, com serviços mais precários e baratos, o que afetaria drasticamente o consumo no país, aprofundando ainda mais a crise e empurrando milhões de trabalhadores para a miséria.




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