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Braço armado do Estado | Crescente de mortes pela polícia no Rio escancaram caráter sanguinário e racista do capitalismo

Mesmo em meio a pandemia número de mortos por policiais aumentou quase 10% em 2021 no Rio de Janeiro. O Brasil é um dos países que possui a polícia mais assassina do mundo. Esses dados deploráveis escancaram a realidade do capitalismo brasileiro construído sob sangue negro e e reforçam a necessidade de uma luta consequente contra o racismo e o capitalismo.

quinta-feira 5 de maio de 2022 | Edição do dia

Imagem: Chacina do Jacarezinho RJ

Pesquisa aponta que em 2021, 1.356 civis morreram em ações policiais no estado do Rio de Janeiro, alta de 8,9% em relação a 2020. Um levantamento feito pela Rede de Observatórios da Segurança em 2020 apontou que 86% dos mortos em ações policiais no RJ são negros. Os dados escancaram o que já sabíamos: o caráter racista e assassino da polícia; e que a política racista e sanguinária do bolsonarista Cláudio Castro no Rio colabora para que seja um dos estados que tem uma das polícias mais letais do país.

O Brasil é um dos países que tem a polícia mais assassina do mundo. De acordo com pesquisa desse mesmo Observatório, a cada quatro uma pessoa negra é morta pela polícia no país. Esses dados deploráveis reforçam a realidade do capitalismo brasileiro construído sob sangue negro e nos fazem lembrar de chacinas como a de São Gonçalo e de Jacarezinho. A burguesia escravocrata e seu Estado ainda continuam reprimindo esse setor que não à toa compõe a grande parte da classe trabalhadora brasileira. A polícia, braço armado do Estado burguês, tem essa finalidade, é um mecanismo para manter dominação de classe e a superexploração.

Fica claro como é preciso lutar para dar um basta às operações policiais, principalmente, nas favelas que assassinam diariamente a juventude negra, e as tiram o direito de viver e de estudar. Outro elemento que garante esse abuso de repressão é a impunidade dos policiais garantida pelo autoritário STF e ou autos de resistência, que precisam acabar.

A esquerda precisa defender o fim da polícia, se inspirando na luta do Black Lives Matter nos EUA, pois essa instituição reacionária tem o racismo no seu DNA, e serve para amontoar corpos dentro das favelas, para garantir a miséria e a marginalização do povo negro, com o objetivo de garantir os interesses da burguesia e da elite escravocrata.

Porém, a luta contra a polícia só pode ser levada a frente de maneira irreconciliável contra a burguesia brasileira e suas instituições repressoras. Não se aliando com a mesma, como faz Lula e o PT com Geraldo Alckmin, que comandou a polícia mais assassina em SP durante seu governo, e que ontem seu até então companheiro de partido (PSB), o vereador Camilo Cristófaro foi racista durante uma sessão na Câmara de vereadores de São Paulo.

Leia mais: “Coisa de preto é a tradição de Zumbi que vai calar a boca dos racistas”, diz Pablito sobre vereador.

A estratégia reformista do PT nunca significou uma alternativa real às negras e negros e à classe trabalhadora no Brasil na sua luta contra o racismo e a violência policial. Não esquecemos que foi no governo petista que endureceram as operação policiais e assassinatos no Rio com as UPPs, e que foi nesse mesmo governo que as tropas militares brasileiras foram enviadas para o Haiti para ajudar a saquear, violentar e oprimir o povo negro.

É preciso retomar o legado de luta de Dandara, Zumbi e de todos os negros e negras que lutaram contra todas as formas de exploração e opressão! É vergonhoso que o PSOL tenha se adaptado à política petista e se aliado com Alckmin e Marina Silva, do partido burguês REDE. Esse definitivamente não é o caminho que está ao lado da classe trabalhadora para lutar contra o racismo, a extrema-direita de Bolsonaro e Mourão e esse sistema.

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