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COVAS E PAES | Covas e Paes falam demagogicamente da representatividade negra enquanto seguem planejando ataques

Enquanto afirmam que vão abrir mais espaço para mulheres e negros em seus governos, o DEM e o PSDB, partidos de Eduardo Paes e Bruno Covas, respectivamente, atacam historicamente os trabalhadores, principalmente os negros e as mulheres.

terça-feira 1º de dezembro de 2020 | Edição do dia

Crédito da foto: Nelson Almeida e Hector Guerrero/AFP - via Correio Braziliense

Após a vitória nas duas maiores capitais do Brasil, Eduardo Paes (DEM) e Bruno Covas (PSDB), prefeitos eleitos no Rio de Janeiro e em São Paulo, respectivamente, afirmam publicamente que irão abrir mais espaço para negros e mulheres em seus governos.

Em entrevista à Folha, ao ser questionado sobre declarar seu governo antirracista, Eduardo Paes responde: “É ter negros no primeiro escalão. O preconceito está muito enraizado e o antirracismo chama a nossa atenção para aquilo que a gente nem percebe. Se olhar os meus primeiros governos, não tive negros no meu primeiro escalão. Não fui antirracista. Agora tenho que ser afirmativo nessa questão.” E completa: “temos que aumentar a participação de negros e mulheres. Até por essa minha convivência com partidos de esquerda nos últimos anos eu aprendi muito isso.”

Bruno Covas, por sua vez, também afirmou que vai tentar aumentar o número de negros e mulheres em seu secretariado em entrevistas públicas.

Além disso, os dois prefeitos apontam também que querem ter uma boa relação com Jair Bolsonaro e que não farão oposição ao seu governo.

Esse aceno de Paes e Covas aos negros e mulheres é pura demagogia. O DEM e o PSDB são linha de frente da aprovação de diversas reformas e ataques que atingem principalmente a população pobre e negra, sendo as mulheres um dos setores de trabalhadores mais precarizados.

Rodrigo Maia, presidente da câmara e do partido de Eduardo Paes, DEM, foi o principal defensor da aprovação da Reforma da Previdência, que é um ataque brutal aos trabalhadores. O governo “sem preconceitos” de Paes é o governo que vai seguir aprofundando a violência policial aos negros, como defende sua base aliada e como foi defensor nos seus anos de governo. Um herdeiro da elite escravocrata, é isso que significa Eduardo Paes, como falou à uma mulher negra, "tem que ’trepar muito’" ao entregar apartamento a ela.

Covas em São Paulo segue a mesma linha: o negacionismo e a irresponsabilidade durante a pandemia de Covas e Dória resultou em mortes e mais mortes, principalmente da população negra e pobre. A política carregada em São Paulo nos anos do PSDB foi responsável pela morte de 9 jovens, em sua maioria negros, em Paraisópolis pelas mãos da PM. A PM racista de São Paulo, com aval do prefeito e do governador, bate seu próprio recorde no extermínio da população negra.

O aceno ao Bolsonarismo de ambas as partes, Covas e Paes, é um sinal de que vão estar ao lado de Bolsonaro para passar mais ataques e mais reformas, para precarizar ainda mais a população negra, as mulheres e os trabalhadores. É necessário organizar uma luta nacional de mulheres, negros, LGBTs, trabalhadores e juventude contra Paes, Covas, Bolsonaro, toda a extrema direita e os que se dizem oposição, mas que lhes dão a mão quando o assunto é atacar a população.




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