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Prefeitura SP | Covas construiu zero moradias e pode despejar milhares de famílias em São Paulo

Mesmo com a demagogia em torno do programa “Pode entrar”, gestão tucana não chegou a entregar nenhuma casa para a população.

quarta-feira 28 de outubro de 2020 | Edição do dia

Foto: Nelson Antoine/Folhapress

Em meio as eleições municipais e no marco de uma imensa crise econômica e social que vem degradando a cada dia as condições de vida da população pobre e dos trabalhadores, o tema da moradia acaba sendo uma das questões de destaque para a população na cidade mais populosa do país. Mas, quando se observa a atuação da gestão do candidato a prefeitura Bruno Covas (PSDB) nesse tema, vemos um desastre que escancara o caráter antipopular de sua prefeitura.

Ainda que tenha sido criado um programa supostamente voltado para atender a demanda de habitações na cidade, “Pode Entrar”, o mesmo não só não entregou nenhuma casa para a população, como sequer estava constado no orçamento de 2020. Além disso, a prefeitura com o seu viés privatista, também endossou essa linha através de uma Parceria Público-Privada (PPP), chamada “Casa da Família”, que projeta unidades habitacionais para moradia, mas que menos da metade será destinada à população mais pobre.

Além disso, a própria atuação da PPP, ainda que prometa entregar 25 mil moradias, já vem atuando no sentido contrário, podendo desabrigar cerca de 26 mil famílias, segundo a estimativa organizada pelo Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade (LabCidade), da USP, despejando a população a toque de caixa em nome do favorecimento da iniciativa privada.

Não obstante, essa pauta que traz tanta atenção em meio ao cenário desolador de ataques imensos a população, foi evidentemente desmontada através de sucessivas quedas orçamentárias desde a gestão Doria, passando pela do Covas até então, paralisando inúmeras obras na cidade. Em 2017, era previsto cerca de R$ 746,5 milhões no orçamento dessa pauta, sendo que não fora investido inteiramente esse valor, e em 2020, o orçamento foi de R$ 452 milhões.

Dessa forma, Covas, dando continuidade a Doria, segue com sua política de afronta a população, inclusive sob os métodos mais desprezíveis. Em sua gestão, foram despejadas mais de 2 mil famílias através do recurso de desocupação administrativa, que realiza tal ato solicitar a reintegração de posse à justiça, fazendo isso mesmo em meio a pandemia. Por mais que haja uma forte demagogia em sua campanha, é possível ver claramente a serviço do quê está a sua gestão, sobretudo em relação a habitação e urbanismo, vendo sua política nos últimos anos.




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