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PRIVATIZAÇÃO | Covas avança em seu projeto urbano privatista enquanto paulistanos sofrem com pandemia

O projeto do Vale do Anhangabaú já chega a quase R$100 milhões e praças, ruas e o Edifício Martinelli também já são alvos da privatização.

quinta-feira 3 de dezembro de 2020 | Edição do dia

Foto: Roberto Casimiro/Fotoarena/Folhapress

Depois de recurso aplicado por um consórcio perdedor da licitação de concessão do Vale do Anhangabaú, agora a prefeitura de São Paulo gerida pelo golpista e privatista Bruno Covas (PSDB) convocou os vencedores da licitação para assinatura deacordo milionário (R$6,5 milhões).

O Vale do Anhangabaú está em obras desde 2019, ou seja, desde lá empresários vem ganhando lucros em cima desta obra interminável. O projeto já atingiu o patamar de R$ 93,5 milhões, tendo 17,4% a mais do custo previsto.

Veja aqui: Covas torra quase R$ 100 milhões no Anhangabaú para privatizar por R$ 6 milhões, diz Letícia Parks.

O consórcio é formado pela G2P Parteners (Gobbo & Partener) e a Gmcom Eventos e Projetos Especiais (Grupo Maringá de Comunicação). Essa ação privatista será responsável pela gestão, manutenção, preservação e “ativação” sociocultural, dando maiores lucros para tais empresas envolvidas.

Mas a privatização da área não para por ai, onde também estarão incluídas as Praças Ramos de Azevedo e do Patriarca , a escadaria da Rua Dr. Miguel Couto, o trecho da Avenida São João entre as Ruas Conselheiro Crispiniano e São Bento e as Galerias Formosa e Prestes Maia. O custo estimado do contrato por 10 anos é avaliado em R $ 49,2 milhões, o que inclui despesas, investimentos e outorgas.

O projeto para a região existe desde o governo de Fernando Haddad (PT) e tem ainda o objetivo de implantação de 852 jatos d’água, 852 pontos de iluminação cênica e 11 quiosques (de lojas, cafeterias e afins), além da realização de eventos diários.

Ou seja, enquanto São Paulo é a cidade onde mais morreram pessoas devido a pandemia do COVID-19, a cidade onde a prefeitura demonstra seu ódio contra os estudantes, que deixou famílias sem emprego e sem casas, a preocupação fica em fazer jatos de água enquanto centenas de pessoas moram nas ruas.

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A proposta de concessão de quatro pavimentos do Edifício Martinelli (incluindo o terraço e a cobertura) foi adiada novamente. Tal concessão passaria para o sistema privado o controle de 2.570 metros quadrados do edifício durante 15 anos, com um oferta ínfima (R$70 mil mensais) perante o que quanto se pode lucrar. O valor estimado do contrato é de R $ 45,8 milhões, entre despesas de prevenção e despesas financeiras à SPUrbanismo.




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