A equipe do Esquerda Diário, que vem participando ativamente das greves dos Correios, recebeu denúncias de diversos trabalhadores que receberam descontos no seu contra-cheque desse mês. No dia de hoje está ocorrendo a primeira audiência de conciliação da greve de Correios, que vai determinar sobre a legalidade da greve e sobre a validação do Acordo Coletivo, que está sofrendo um ataque em 70 dos seus 79 pontos, até 2021.
quarta-feira 26 de agosto de 2020 | Edição do dia
A equipe do Esquerda Diário, que vem participando ativamente das greves dos Correios, recebeu denúncias de diversos trabalhadores que receberam descontos no seu contra-cheque desse mês. No dia de hoje está ocorrendo a primeira audiência de conciliação da greve de Correios, que vai determinar sobre a legalidade da greve e sobre a validação do Acordo Coletivo, que está sofrendo um ataque em 70 dos seus 79 pontos, até 2021.
Os ecetistas seguiram trabalhando durante toda a pandemia, perdendo colegas de trabalho pela negligência da empresa comandada pelo general Floriano Peixoto, e em especial do governo Bolsonaro. Agora os Correios, com apoio do STF e o judiciário golpista, está retirando direitos desses trabalhadores para abrir a porteira da privatização e avançar sobre outras estatais, assim como ganhar terreno na batalha pela retirada de direitos de toda a classe trabalhadora.
A greve de hoje é uma das mais fortes da categoria e, diante disso, os Correios marcaram para hoje uma primeira audiência de conciliação para negociar a continuidade do Acordo Coletivo até 2021. Como forma de chantagem, hoje a empresa começou a descontar do holerite dos trabalhadores valores absurdos, que em alguns casos chegam a mais de 1000 reais. Inclusive trabalhadores que não estão em greve estão recebendo descontos.
Todos os atores do regime herdeiro do golpe institucional estão junto à Bolsonaro e Guedes para estraçalhar os direitos dos trabalhadores. Chantageiam os trabalhadores e buscam dividi-los, como se seus direitos fossem os responsáveis pela penúria de milhões. São os capitalistas e seus governos os responsáveis pelo desemprego e a fome da população. Não caímos na chantagem: não vamos aceitar que privatizações, demissões e cortes salariais sejam realizados, sempre em nome do pagamento da dívida pública feita pelos próprios empresários, e que enriquecem banqueiros e especuladores.
Repudiamos a medida repressiva da empresa contra o direito de greve dos ecetistas e toda a política de ataque a direitos e de privatização! As centrais sindicais, sobretudo a CUT e a CTB, devem colocar todos os esforços para ganhar apoio a essa greve e unificar outras categorias que estão sob ataque, como os bancários e petroleiros, em uma só luta contra o governo Bolsonaro e Mourão, impedindo que a crise seja jogada contra os trabalhadores e sobre os Correios!