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CORONA VÍRUS | Coronavírus: Lagarde faz prognóstico de uma crise como a de 2008 se não forem tomadas medidas urgentes

Assim expressou a atual chefe do Banco Central Europeu (BCE) numa reunião conjunta com líderes da União Europeia nesta terça (10) à noite. Alguns governos já começaram a tomar medidas.

quarta-feira 11 de março de 2020 | Edição do dia

No meio da preocupante situação desatada a nível mundial pela epidemia do coronavírus, que já tem dado fortes mostras de queda na economia com a baixa do preço do petróleo que marcou de forma muito negativa o início dessa semana, os líderes da União Europeia realizaram uma reunião nesta terça.

Da reunião participou, através de videoconferência, Christine Lagarde, ex-presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI). A francesa que hoje ocupa a direção do BCE alertou a seus ouvintes sobre o cenário previsto se medidas urgentes não forem tomadas. “Um cenário que a muitos nos recordará da grande crise financeira de 2008”, sentenciou Lagarde.

A intervenção de Lagarde se dá no marco de uma próxima reunião do Banco Central Europeu, que se realizará esta quinta, com vistas de avaliar medidas de estímulo à economia.

Segundo especialistas, é quase impossível que se evolua uma baixa das taxas de juro na eurozona porque já se encontram num nível baixo (-0,5%), e de fato o Banco da Inglaterra as reduziu nesta quarta, de 0,75% para 0,25%, mas mesmo assim buscarão outras medidas de estímulo monetário que visem deixar mais barato o crédito e evitar uma seca de crédito financeiro como em 2008.

Também há de se pôr em consideração a possibilidade de que o BCE aumente em quantidade suas compras da dívida. Também oferecerá, como no pior momento da crise que desatou em 2008, linhas de crédito muito baratas para a banca. Buscam salvar assim as entidades financeiras e as grandes empresas de um colapso como a daquela crise.

Desta forma intencionam dar sinais aos “mercados” de uma intervenção “coordenada” para acalmar o pânico financeiro que retroalimente e acelere as tendências à desaceleração econômica ao nível mundial.

Apesar desta previsão, a ex-presidente do FMI apontou que se os governos tomarem as medidas necessárias o golpe econômico seria limitado. Também esclareceu que o impacto do coronavírus na economia não golpeará apenas a Itália, mas afetará ao conjunto da UE. “Colapsarão parte das economias europeias”, afirmou.

O coronavírus veio acelerar os prognósticos difíceis para uma economia mundial que já mostrava sinais de estar nas portas de uma recessão. Os impactos da enfermidade na atividade econômica estão dando luz sobre os problemas mais de fundo que vem arrastando a economia.




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