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REIS DOS ÔNIBUS | Controle operário dos transportes é a única maneira de parar a corrupção de Jacob Barata

domingo 5 de novembro de 2017 | Edição do dia

FOTO: Jacob Barata Filho é solto após decisão de Gilmar Mendes

Em mais um novo escândalo de corrupção envolvendo a alta cúpula do PMDB do Rio de Janeiro, novamente o nome dos "Reis dos Ônibus" aparece como financiador dos políticos corruptos Cabral, Paes, Pedro Paulo e, em especial, também Pezão. Jacob Barata Filho, herdeiro do império capitalistas dos transportes construído pelo pai em cima da exploração dos rodoviários, enriquecia os políticos do estado em troca de manter privilégios e altíssimos lucros para suas empresas de ônibus.

Segundo a nova delação, vazada, do Marqueteiro Ricardo Pereira, que dirigiu as campanhas de Paes, Cabral, Pezão e Pedro Paulo, Jacob Barata Filho. foi doador da maior parte da pré-campanha de Pezão. O valor de R$ 5 milhões para a pré-campanha foi decidido na casa de Sérgio Cabral, com a presença dele, do marqueteiro e de Wilson Carlos, e deste, segundo o delator, a maior parte dos R$ 5 milhões saíram dos bolsos do Rei dos Ônibus.

Hudson Braga, então, teria ficado responsável de repassar uma mesada de R$ 400 mil reais entre o segundo semestre de 2013 e junho de 2014 para a Prole, que fazia o Caixa 2 e declarava apenas parte do dinheiro, enquanto a outra parte ia para os políticos com combinado.

Já a campanha de Pezão teria rolado em torno dos R$ 40 milhões, sendo que apenas R$ 21,8 milhões teriam sido declarados. Desta vez, a maior parte caberia à Odebrecht, que pagou R$ 23,6 milhões sozinho. saíram dos bolsos do capitalista dos transportes e foram para a campanha sem serem declarados, ou seja, através do Caixa 2. Veja mais detalhes do esquema aqui.

Jacob Barata já havia sido acusado em outro esquema de corrupção envolvendo propina e caixa 2 em que teria pago milhões a Cunha e Picciani em troca de vantagens garantidas no Rio de Janeiro, dentre elas a de cobrar tarifas caríssimas, assim como de super-explorar o trabalho dos rodoviários através da dupla-função.

Claro está que este capitalistas são os verdadeiros financiadores da corrupção, que pagam aos políticos para multiplicar seus lucros. Anos e décadas de famílias capitalistas reinando no Rio de Janeiro exclusivamente porque lhe é dado todo tipo de privilégio.

No caso de Barata, este privilégio foi cobrar uma tarifa abusiva, "entulhar" os trabalhadores igual a animais em ônibus lotados e sem ar-condicionado, explorar ao máximo a mão de obra dos rodoviários e se beneficiar de leis que aumentam seus lucros. Mas Jacob Barata Filho. não tem só os principais políticos no bolso. Também é dono do judiciário, que o soltou quando foi preso, com sentença do padrinho de casamento de sua filha, Gilmar Mendes.

Tudo isso só pode levar à conclusão de que só há uma saída para a corrupção capitalistas do estado do Rio de Janeiro: é preciso expropriar as empresas de capitalistas como Jacob Barata Filho, esta é a única maneira de fazer com que paguem pelo estrago. Tomando os ônibus e colocando-os sob o controle dos trabalhadores do transporte, rodoviários e usuários, moradores das comunidades cariocas aonde o transporte é o mais precário possível. Só assim o transporte não pode servir ao lucro, que é a origem de toda esta corrupção.

Além disso, as grandes fortunas de Jacob Barata, dos empreiteiros e capitalistas corruptos, merece ser dilapidada por tudo o que fizeram. Taxação imediata das grandes fortunas dos capitalistas, os trabalhadores que nada fizeram não devem pagar pela crise, o dinheiro para a saúde, para a educação, para pagar os salários atrasados dos servidores e terceirizados assim como garantir plenos direitos trabalhistas deve vir daí.




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