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ASSEMBLEIA GERAL PELA BASE! | Contra Bolsonaro e golpistas: que o DCE/UnB convoque assembleia pela base com voz e voto

É fundamental que o DCE da UnB convoque pela base a Assembleia Geral do dia 27, com direito à voz e voto para todes, para que no 29M possamos mostrar a força da juventude e combater o projeto de sucateamento e cortes de Bolsonaro, Mourão e todos os golpistas

Rosa Linh Estudante de Ciências Sociais na UnB

Luiza EineckEstudante de Serviço Social na UnB

terça-feira 25 de maio de 2021 | Edição do dia

Frente ao corte bilionário do governo Bolsonaro-Mourão à educação, mas também com aval do Congresso e todos os golpistas, atos nacionais estão sendo convocados para o dia 29 de maio. Em todo o Brasil, nós da Faísca viemos batalhando por assembleias gerais em todas as universidades em que estamos, da mesma forma que na UnB fizemos um chamado à atual gestão do DCE. Reivindicamos que o DCE da UnB tenha convocado, nesse sentido, uma Assembleia Geral para o dia 27, quinta às 18h30, porém o fato é que este não está convocando amplamente e pela base es estudantes para que nós sejamos sujeitos ativos de construção e organização da nossa luta. O espaço amplamente democrático e de auto-organização que pode ser a Assembleia deve ser convocado ativamente e amplamente desde a base, por cada sala de aula, para mobilizar o máximo possível de estudantes junto dos professores e trabalhadores.

Nós estudantes queremos uma assembleia o mais democrática possível no dia 27. Queremos que todes participem e sem número limitado de participantes, não “assembleias” na qual a maioria apenas assiste algumas pessoas falarem, o que na realidade se torna uma live e não uma assembleia. Todos queremos e devemos participar, assim como ter o direito de falar. Não podemos aceitar também aquelas votações "consensuais", que na prática impõem a decisão das direções e nada mais são do que uma imposição burocrática, todos devemos ter direito à voto!

Infelizmente, a atual gestão do DCE, dirigida pelo PT, PCdoB, Levante, PCB e PSOL, não chama uma Assembleia Geral há mais de um ano - mas agora é hora de mudar e cumprir com sua responsabilidade dentro das entidades nas quais foram eleitas e sair da paralisia. Somente nas ruas, aliados aos trabalhadores, poderemos barrar os ataques de Bolsonaro, Mourão e dos golpistas. Fazemos um chamado em especial à Oposição de Esquerda da UNE, composta pelo PSOL, PCB e UP, cuja maioria integra o DCE, para que não se adaptem a paralisia imposta pela majoritária da UNE, dirigida pelo PT, PCdoB e Levante e convoque pela base es estudantes. Que os parlamentares do PSOL como Fábio Félix estejam na linha de frente do 29M para que a luta dos estudantes seja também um ponto de apoio para exigir das centrais sindicais como a CUT e CTB que unifiquem os focos de resistência dos trabalhadores nacionalmente e crie um plano de lutas que possa enfrentar seriamente este regime apodrecido.

São R$ 4,2 bilhões a menos no orçamento que em 2020, mais de 50 hospitais universitários e pesquisas em desenvolvimento de vacinas brasileiras estão ameaçados de fechar. Enquanto isso, corre solta a falação de Pazuello na CPI da Covid, um verdadeiro teatro enquanto se reduz 31% nos orçamentos da assistência estudantil em todo país. Na UnB, alunos estão sendo injustamente expulsos da assistência estudantil, já vinham recebendo marmitas estragadas na CEU - sempre com a mais ampla conivência por parte da Reitoria em passar os ajustes - e agora a UnB está sem verba de investimento, redução de 4,6% nas verbas para bolsas de pesquisa e extensão, assistência e sérias ameaças ao emprego e salário das terceirizadas.

Leia mais: Cortes da LOA de Bolsonaro, centrão e golpistas ameaça assistência e pesquisa na UnB

A luta contra os cortes na educação, também é uma luta contra todo esse regime de conjunto que vem atacando a juventude e a classe trabalhadora cada vez mais. Os mesmos que aprovaram a Lei Orçamentária Anual de 2021 são os que querem privatizar a Eletrobrás, os Correios, que querem aprovar no STF demissões em massa, e aqui no DF governadores como Ibaneis privatizaram a CEB e atacam os metroviários.

Bolsonaro, Mourão, os militares e os golpistas se unem quando o assunto é nos atacar. É por isso que precisamos batalhar para que o dia 29 se massifique e não se divida, como tenta a CUT, dirigida pelo PT, que convocou um ato “simbólico” para os trabalhadores, claro que sem convocar pela base, para o dia 26 aqui em Brasília, três dias antes da mobilização nacional dos estudantes - por quê dividir as nossas forças se nossos inimigos são os mesmos?

É inaceitável que a UNE, dirigida pelo PT, PCdoB e Levante Popular fique calada diante dessa separação, nossa batalha tem que ser para unir os estudantes e trabalhadores pela base contra os ataques na educação, as privatizações e as demissões, em defesa da permanência estudantil, por vacina para todos já com quebra das patentes!

Os atos contra os cortes, agora estão ganhando mais peso e amplitude pelo “Fora Bolsonaro”, que na prática significa o impeachment que colocaria o reacionário e racista Mourão no poder. Não podemos cair nas ilusões do impeachment, da CPI ou da espera de 2022 endossadas interessadamente por PT e PCdoB, mas infelizmente também por parte da esquerda como PCB, PSOL, UP e PSTU, se adaptando a saídas por dentro desse regime golpista - saídas essas que não avançam para que sejamos nós, trabalhadores, estudantes e os mais oprimidos, mulheres, negros, lgbtqis, a decidir sobre os rumos do país! Não podemos mais aceitar a miséria do possível de apenas mudar os jogadores desse jogo, queremos mudar as regras dele, mas isso só ocorrerá com a nossa luta e mobilização já, inspirados na força e resistência dos palestinos e colombianos.

Leia mais sobre nossa proposta: É preciso mudar as regras do jogo: por uma nova assembleia constituinte imposta pela luta

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