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CORONAVÍRUS | Conta de luz pode subir 20% com mais uma medida de Bolsonaro para salvar empresários

Bolsonaro planeja realizar empréstimos bilionários para as distribuidoras de energia elétrica. Estimam um valor de pelo menos 17 bilhões de reais em empréstimos coordenados pelo BNDES e concedidos por bancos privados e quem pagará a conta serão os consumidores.

sábado 18 de abril de 2020 | Edição do dia

Diante da queda nas receitas das distribuidoras de energia elétrica e um aumento da inadimplência frente à crise do coronavírus Bolsonaro, como tem feito ao longo de seu governo ao lado de neoliberais como Paulo Guedes, tem uma receita pronta para lidar com o problema: salvar o lucro dos capitalistas enquanto faz com que a população, e em especial a classe trabalhadora pague pela crise econômica.

A queda no consumo, fruto da paralisia causada pela pandemia, segundo o governo não pode afetar a sustentabilidade financeira das distribuidoras que são a base do sistema e poderiam gerar um efeito cascata no setor elétrico. Mas os 17 bilhões de reais para garantir essa “sustentabilidade” sairão principalmente do bolso da população, o que pode resultar em um aumento de 20% nas tarifas de energia. A ideia é que esse empréstimo seja coordenado pelo BNDES, mas concedido por um “pool” de bancos privados.

E claro os custos deste empréstimo serão repassados para os usuários através das tarifas, incluindo os juros; tarifa que já vem aumentando fruto do aumento do dólar que pressiona uma das principais usinas fornecedoras de energia, a hidrelétrica de Itaipu. Mesmo associações empresariais dizem estar preocupadas com o aumento e seu efeito na economia, como colocou o presidente da Abrace (Associação de Grandes Consumidores), Paulo Pedrosa: “O setor elétrico é especial, diferente, mas a solução para o setor não pode ser um custo diferente pago no futuro pelos consumidores. A ficha precisa cair para o setor. Perder pouco é o novo ganhar. Se tudo for custo para o consumidor, a economia vai demorar para se recuperar”.

Para os capitalistas se trata de “perder pouco” de seus lucros enquanto a crise é paga pela população.

Bolsonaro e seu discurso negacionista frente ao coronavírus, contrapondo a saúde de milhares de pessoas enquanto diz querer salvar a economia para que as pessoas não morram de fome, não passa de uma fraude, sua preocupação é salvar o lucro dos empresários e banqueiros com trilhões de reais, enquanto paga apenas 600 reais de auxilio para os trabalhadores e retira os direitos trabalhistas com suas MP’s da morte que não garantem nossos empregos e ainda permitem mais exploração dos capitalistas.

Apenas uma alternativa construída pelos trabalhadores pode garantir que nesse momento de aprofundamento da crise seja criado um plano de emergência que possa garantir as mínimas condições de vida e emprego de toda a população. Não podemos aceitar nenhuma redução salarial mantendo o pagamento integral dos salários, proibindo todas as demissões, seguir lutando para que seja valor do auxilio emergencial seja elevado a R$ 2.000,00 mensais para todos os trabalhadores sem renda, informais ou desempregados congelando todos os preços de alimentos e exigindo a anistia nos pagamentos de luz, água e outros serviços básicos.




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