×

ELEIÇÕES ESTUDANTIS UNICAMP | Conheça e construa a chapa “Por Todas as Ágathas” para o CACH-Unicamp 2020

Conheça, apoie e vote: chapa "Por Todas as Ágathas” para o CACH Unicamp 2020, composta por estudantes da Faísca e independentes.

Faísca UnicampFaiscaUnicamp

segunda-feira 11 de novembro de 2019 | Edição do dia

Ágatha, Marielle, Mestre Moa, Evaldo e Thiago Dias presentes! Ao povo negro e trabalhador, sistematicamente excluído desta universidade, dedicamos nossa luta. 

O Chile mostra que a energia da juventude não pode ser desperdiçada: o CACH pode ser exemplo!

Somos estudantes do IFCH que em 2019 saímos às ruas, como em maio, construímos assembleias, ocupamos a universidade com cultura, política e debates sobre o país e o mundo. Há um ano, vimos a sinistra ascensão de Bolsonaro, marcada pelas manipulações da Lava Jato de Moro, STF e o golpe, aprofundando incertezas do futuro dos que, como nós, querem produzir conhecimento crítico, a partir das pesquisas e das escolas como futuros professores. Contra o judiciário autoritário, viemos exigindo a liberdade de Lula sem prestar apoio político ao PT, agora essa derrota da lava jato deve ser ponto de apoio contra toda obra do golpe e o autoritarismo da toga que fazem com que, na crise capitalista, paguemos a conta, trabalhando até morrer nas piores condições, e entregam nossos recursos naturais. Por isso, precisamos seguir lutando contra esse Judiciário racista e arbitrário, pela liberdade do DJ Renan e de Rafael Braga. As centrais sindicais diretamente dirigidas pelo PT de Lula, e acompanhada por outras centrais como a CTB, devem romper a trégua que vieram impondo diante de ataques, como a Reforma Administrativa, para transformar discursos em ação, e não esperar 2022.

Após Equador, Honduras e Haiti, a juventude chilena fez tremer Piñera e a herança da ditadura. Enquanto o clã Bolsonaro reivindica o AI-5 temendo que a juventude se inspire no Chile e junto aos trabalhadores enfrente o modelo idealizado por Guedes. Para isso, não é menor o papel das entidades estudantis e do CACH. Nossa chapa, composta por vários ingressantes e por estudantes que foram parte da gestão minoritária de 2019, batalhou para que nossas energias, junto à juventude brasileira, não fosse desperdiçada pela estratégia impotente da UNE, dirigida por PT e PCdoB (UJS). O ano provou na prática que não serão atos dispersos, chamados para descomprimir a força dos estudantes, que derrotarão os ajustes, os cortes, o Future-se, o Marco Legal da Ciência e a CPI da direita. Essa estratégia constrói desmoralização e passividade, enquanto suas direções, com os governadores no Nordeste, por exemplo, são parte dos ataques - apoiaram a Reforma da Previdência e a venda do pré-sal. 

Para estar à altura de enfrentar Bolsonaro, as entidades dirigidas pela Oposição de Esquerda da UNE poderiam impulsionar um pólo antiburocrático, que reúna forças e exija um plano de lutas para vencer. Isso passa por batalhar pela auto-organização pela base e que as decisões não sejam tomadas nas reuniões de cúpula de poucos. Esse é um dos debates que abrimos com membros da chapa “É no CACH que a gente se encontra”, militantes do PSOL (Afronte e Juntos) que fizeram parte da gestão majoritária do CACH e do DCE em 2019, pois negaram medidas para exigir um plano de lutas da UNE, e ao invés de fazer um Congresso dos Estudantes no início do ano e pela base, como propomos, fizeram um Congresso em outubro, esvaziado e descolado da maioria. Isso mostra que não há de fato a preocupação e propostas concretas que nos unifique. Devemos romper com essa lógica: as gestões das entidades não podem achar que "se bastam", mas se apoiar na força dos estudantes unificada para enfrentar Bolsonaro! O CACH poderia apontar a uma nova tradição no movimento estudantil.

Por um projeto de universidade que enfrente a extrema direita: aliado aos trabalhadores, independente da reitoria que demite e precariza

A Assembleia Geral Universitária mostrou que não é possível defender a universidade pública demitindo 330 terceirizados Funcamp e Sidney, demitido político por falar nesse espaço. A CPI avança com a privatização das estaduais, mas, frente a ela, o discurso de Knóbel se mostra demagógico, enquanto ataca o trabalho de centenas de mulheres negras. Esse ataque é parte do mesmo projeto que ameaça a biblioteca do IA, aprova os fundos patrimoniais, não amplia a moradia e se apoia no Judiciário golpista para reprimir as festas. Se Knóbel de fato quer defender a universidade pública, como afirmou em moção, deve garantir os 330 empregos, com iguais direitos e reincorporar Sidney, apoiando-se nos milhares que compareceram à Assembleia. 

Se a Unicamp reivindica que o iFood é sua “empresa-filha”, responsável pela brutal precarização do trabalho da juventude tão estudada em nosso Instituto, nós temos que defender uma Unicamp que sirva aos trabalhadores e povo pobre e não às empresas. Por isso, nossa chapa propõe que o CACH vá às escolas públicas debater com estudantes e professores da rede, o conteúdo das nossas pesquisas e os desafio de nos unificar contra Bolsonaro. No IFCH, é urgente uma forte batalha pelo curso Noturno de História e Filosofia para que jovens trabalhadores possam estudar. Lutemos em defesa das cotas étnico-raciais, rumo ao fim do vestibular e estatização das faculdades privadas. Diante da CPI, sejamos estudantes, trabalhadores e professores a decidir os rumos da Universidade com uma Estatuinte Livre e Soberana que avance para que as decisões sejam tomadas por cada categoria de acordo com seu peso na realidade e que os terceirizados sejam efetivados sem necessidade de concurso público.

Um programa como esse propusemos debater em uma Convenção Programática com os estudantes e organizações de esquerda, podendo, culminar em uma chapa unificada ao CACH e DCE. Infelizmente, nosso chamado não foi respondido, mas achamos que esse debate programático deve se aprofundar em 2020, onde no CACH, a partir da proporcionalidade, podemos impulsionar propostas em comum e fazer uma experiência, sem suprimir nossas diferenças.

Sair da rotina: debates, vivência e cultura a serviço da unidade dos estudantes pela base contra Bolsonaro e Dória

Após mais de um ano sem festas no IFCH, retomamos nossos espaços político-culturais reafirmando que o Judiciário golpista e a reitoria que nele se apóia não podem calar o movimento estudantil. Temos orgulho de, junto a dezenas de estudantes, termos ousado retomar as festas, após meses em que a gestão majoritária e o DCE não tomava qualquer iniciativa sobre a vivência no campus. Essa festa inclusive contribuiu com a revitalização do espaço do CACH e deve servir ao seu fortalecimento político. Defendemos que a vivência e a ocupação do espaço devam ser um compromisso das duas chapas. Além disso, é necessário que, para o IFCH não ser uma bolha isolada de resistência contra o conservadorismo, o DCE tenha medidas para a ocupação do campus contra a repressão da reitoria.
Propomos realizar grande debates teóricos, ideológicos e políticos, organizando mesas, seminários, conferências, cineclubes, para fomentar a efervescência de ideias críticas e questionadoras, que ajudem a compreender os tempos atuais e fomentem batalhas futuras.

Para o CACH 2020 propomos:

  • Projeto “CACH vai às escolas”
  • Encontros temáticos das pesquisas desenvolvidas no IFCH em defesa das Ciências Humanas e e das bolsas
  • Continuidade da revitalização do CACH, festas e Calourada com o AEL
  • CineCACH e debates quinzenais com vivência sobre temas da atualidade e internacionais (sambas, slams e feijoadas)
  • Impulsionar um grupo de organização do acervo do movimento estudantil da Unicamp no AEL em defesa da memória
  • Impulsionar uma forte campanha pelo Noturno na História

MEMBROS DA CHAPA: Julia Borges, Matheus Charão,Vitória Camargo, Ana Vitoria Cavalcante, Bianca Lino, Flávia Telles, Laura Baraldi, Juliana Begiato, Juninho Caetano,Taís Roldão, Cássia Silva, Alvaro Henrique




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias