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Congresso quer desviar recursos do Orçamento para pagamento de dívida da ONU

O Congresso aprovou nesta quinta-feira (17) um projeto de lei que desvia verbas do Orçamento, dinheiro advindo sobretudo do imposto regressivo que atinge a classe trabalhadora, para o pagamento de uma parcela da dívida de cerca de 2 bilhões de reais com a ONU.

sábado 19 de dezembro de 2020 | Edição do dia

Fonte: Reprodução/ONU/Amanda Voisard

A ONU encontra nos capitalistas que governam o país, tanto pela liderança de Rodrigo Maia como Bolsonaro e Guedes, fiéis subordinados na drenagem ilícita e fraudulenta das riquezas produzidas no país, para satisfazer assim os especuladores que, através de dívidas obscuras e completamente absurdas como a própria dívida pública, acumulam capital.

Caso não quitasse uma parcela dessa dívida, a ONU pode recorrer a perda de voto do país devedor, ou seja, o Brasil não teria mais direito ao voto na assembléia, mecanismo antidemocrático que segue a mesma cartilha autoritária da organização que serviu a hegemonia imperialista dos Estados Unidos sob o mundo, tendo um conselho de segurança fixo e dominado por potências que durante todas as décadas fizeram questão de usar sua posição para serem verdadeiros déspotas intervindo e invadindo nações pelo mundo inteiro em defesa dos interesses econômicos e geopolíticos de suas burguesias, em especial do petróleo.

Através da Lei de Responsabilidade Fiscal e do Teto de Gastos, os capitalistas brasileiros garantem a espoliação contínua do Orçamento para as mãos de especuladores e banqueiros. Para manter a “segurança” de investimentos no país e da cada vez maior subordinação da economia brasileira à serviço dessas dívidas, como é a gigantesca dívida pública, Bolsonaro garantiu ataques como a reforma da previdência e o corte de direitos trabalhistas, assim como o entreguismo do petróleo e da infraestrutura para monopólios americanos e europeus.

Os banqueiros como Paulo Guedes e políticos como Rodrigo Maia também buscam o mesmo objetivo, no país onde há recorde de desemprego com 14 milhões e falta a garantia de seringas para a vacinação contra a Covid-19, o interesse é buscar a garantia dos lucros de especuladores no país que atinge mais de 184 mil mortos pela pandemia.

Diante dessas medidas imperialistas de subordinação e de espoliação constante das riquezas produzidas pela classe trabalhadora brasileira, que já cotidianamente sofre pela acumulação estratosférica de capital na mão de um punhado de capitalistas, como era do felizmente finado Joseph Safra, banqueiro que detinha 23,3 bilhões de dólares, é necessário defender o cancelamento imediato das dívidas cobradas pelos órgãos imperialistas internacionalistas internacionais, assim como o não pagamento da dívida pública ilegítima, ilegal e fraudulenta.

São os capitalistas que devem pagar pela crise que eles mesmos criaram. Desta forma, junto à derrubada da Lei de Responsabilidade Fiscal, do Teto de Gastos e medidas que ataquem o grande capital, é possível que o recurso desviados para essas dívidas seja destinado para planos de recuperação dos empregos e das condições de trabalho, assim como para financiar um combate contundente contra a pandemia.




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