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Conecef: duas faces da estratégia conciliadora e traidora do PT

Nesta sexta, dia 17, tiveram início os congressos nacionais dos funcionários da Caixa e do Banco do Brasil. Esses congressos definem as pautas de reivindicações e políticas oficiais da categoria, que serão negociadas na campanha salarial. O primeiro dos três dias previstos pra duração destes aconteceu de forma unificada, no 1o. Seminário Nacional em Defesa dos Bancos públicos.

sexta-feira 17 de junho de 2016 | Edição do dia

A abertura conjunta com esse Seminário poderia apontar para um plano de luta contra a privatização dos bancos públicos. No entanto, o que se pôde ver foram mostras da politica conciliadora e traidora do PT e de seus braços sindicais burocráticos.

Ficou evidente a linha da burocracia sindical (CUT e CTB) para a campanha salarial. Nenhuma disposição a construir uma resistência, mesmo que mínima, aos ataques que se anunciam aos trabalhadores. Foram uma série de formulações destacando o poder de repressão do governo Temer, mostrando a impossibilidade de conseguir conquistas, chegando ao absurdo de afirmarem que esse ano será necessário "retirar do vocabulário palavras como ’aumento real’, para conseguir manter as conquistas alcançadas nos governos petistas".

Um braço sindical "responsável". Assim como no plano da política nacional o PT quer se mostrar "atrativo" aos ricos e poderosos, como uma oposição responsável.

Toda a linha politica da direção majoritária do movimento, a Articulação Bancária da CUT, é a de convencer os congressistas que é preciso lutar para fazer acontecer o acordo que Dilma propõe: se retornar ao cargo, chama um plebiscito para consultar a população a respeito dos rumos do executivo, chamando essa saída política, no maior cinismo, de poder popular. Desta forma, a principal tarefa dos bancários seria fazer pressão para o Senado votar contra o impeachment.

Na política nacional, se o PT quer fazer um acordo para chamar novas eleições com os demais partidos da ordem, em meio aos escândalos diários sobre os vazamentos da Lava-Jato, precisa que sua expressão sindical, a CUT e a CTB, coloque na mesa de negociações algo de bom para as elites, ruralistas, industriais e banqueiros. O peixe que a burocracia sindical quer vender é deixar passar os ataques aos salários, às condições de trabalho, aos direitos trabalhistas como um todo. O teatro já está armado e as cartas já estão na mesa.

Apenas o protagonismo dos trabalhadores pode barrar os ataques do governo golpista e as negociações espúrias e traidoras do PT.

É preciso retomar nossos sindicatos das mãos desses burocratas que não fazem em seus cargos nada além de buscar entregar nossos interesses nas mãos do patrão. Utilizar nossas ferramentas históricas pra lutar verdadeiramente e dizer que não deixaremos passar nenhum ataque aos nossos direitos e nossos salários.

Contra a direita golpista e os banqueiros que golpeiam a população todos os dias inclusive nos governos do PT, é preciso organizar os trabalhadores por uma saída independente da classe trabalhadora, uma medida política que mude toda a estrutura e poder político desse país, que coloque nas mãos dos trabalhadores, e do povo pobre, a maioria da população, os rumos do país. Para colocar esse regime dos ricos em cheque, a ditadura do patrão, dos ruralista, dos banqueiros, devemos erguer uma assembleia constituinte livre e soberana, que busque o sentido de nós trabalhadores decidirmos os rumos do país.




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