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FORA BOLSONARO E MOURÃO | Como fortalecer a luta contra Bolsonaro, Mourão e o regime político após os atos do 3J?

No Brasil já são 524 mil mortos pela COVID-19. Para além disso, o desemprego bate recordes e mais da metade da população está em situação de insegurança alimentar. Os escândalos na CPI envolvendo propinas e superfaturamento de vacinas elevaram os níveis de insatisfação e isso se expressou no 3J, marcado por dezenas de milhares nas ruas pelo país em mais de 300 cidades.

terça-feira 6 de julho de 2021 | Edição do dia

A força que já vinha se expressando nas ruas nos dias 29M e 19J se mostrou novamente nesse 3J. Foram milhares pelo país em mais de 300 cidades. Entretanto, o último dia 03 expressou, para além da disposição de vontade de luta contra o governo Bolsonaro, as contradições e armadilhas que estão sendo articuladas por cima.

Essas manifestações são organizadas e propostas em datas distantes pelas burocracias sindicais e estudantis, com o objetivo de desgastar o governo rumo a 2022, o que se expressa para além das datas, mas na falta de assembleias, que quando ocorrem são somente lives chamadas de assembleias. Não existe também um plano de luta que unifique todas as categorias de trabalhadores e a juventude. Essas mesmas organizações que dirigem as centrais sindicais e a UNE, junto à esquerda (PT, PCdoB, UP, PCB, PSOL), nessa mesma semana encaminharam um “super pedido” de impeachment em unidade com setores asquerosos como Joice Hasselmann, Kim Kataguiri e Alexandre Frota, ao mesmo tempo em que os indígenas lutavam contra o PL 490, apoiado por Hasselmann e Kataguiri inclusive.

Veja: Assembléia Povo na Rua: uma live que não pode substituir assembleias de base

Diante desse cenário é criminosa a política das grandes centrais sindicais como a CUT (dirigida pelo PT) e a CTB (dirigida pelo PCdoB). Frente a tamanha crise e com a insatisfação popular crescendo, seguem como uma estratégia que visa as eleições do ano que vem, e assim se negam a organizar os trabalhadores agora.

A esquerda precisa se unir num comitê nacional pela greve geral, que exija das centrais sindicais a organização de um plano de lutas rumo a uma Greve Geral, organizada com assembleias em cada local de trabalho e estudo, para paralisar a produção e colocar as massas de trabalhadores no protagonismo da luta contra Bolsonaro, Mourão e todos os setores do regime político. Nos sindicatos dirigidos pela CSP-Conlutas e pelas Intersindicais, assim como também nas entidades estudantis poderiam dar exemplo construindo assembleias de base para fortalecer essa a organização dos estudantes e trabalhadores e também essa exigência às grandes centrais sindicais. Também através dos parlamentares do PSOL essa discussão poderia ser pautada nacionalmente.

A força da nossa luta pode impor uma nova Constituinte Livre e Soberana que coloque nas mãos da maioria trabalhadora e pobre as decisões sobre os rumos do país, buscando soluções para os principais problemas e revogando os ataques e reformas já aprovados.

Entenda melhor: Greve geral para derrubar Bolsonaro, Mourão, os ataques e impor uma nova Constituinte




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