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Cris LibertadProfessora da rede estadual em Anápolis - GO.

sexta-feira 5 de março de 2021 | Edição do dia

Os dias não vem sendo fáceis e isso não é novidade para qualquer um. Entretanto, há alguns meses venho encontrando forças onde jamais imaginei encontrar. Foi em um curso sobre a revolucionária Rosa Luxemburgo – figura que celebramos os 150 anos de seu nascimento em 5 de março (hoje) - que me foi possível conhecer tal força, ter objetivos, ter um realmente um propósito nessa conjuntura de mortes, crises e desalento. Em um Grupo de Estudos promovido pelo Campus Virtual impulsionado pelo MRT e o Esquerda Diário, encontros de profunda discussão acerca dos erros e acertos de Rosa, sempre após as aulas apaixonantes e ricas de conteúdo e experiência ministradas pela historiadora Diana Assunção – militante ativa no movimento feminista no Brasil - , que nos colocávamos a pensar o legado de Rosa de forma estratégica e não apenas de rememoração e veneração à uma importante figura do socialismo e do movimento feminista.

Estava em êxtase, havia descoberto as pessoas que tinham o mesmo desejo de trabalhar em prol de mudanças nessa sociedade, transformações radicais e que consideram o papel dos trabalhadores nesse processo sem conciliação com os nossos inimigos, que vem só ampliando em cifras bilionárias os seus lucros quando os trabalhadores morrem sufocados aos milhares todos os dias.

Mas, não parei por aí, durante a minha jornada de estudos da trajetória de Luxemburgo, tive a oportunidade de conhecer o Grupo de Mulheres Pão e Rosas, ainda me recordo de várias das falas das camaradas Letícia Parks, Patrícia Galvão e Flávia Telles naquela plenária de um sábado quente em julho de 2020 e as falas delas me vem à memória por me fazer abrir os olhos para a importância de um feminismo que luta pelas trabalhadoras, que se interessa pelas consignas que venham de fato, atender às mulheres, sem receio de “afrontar” os mais reformistas – e sobretudo os conservadores – um feminismo, que vê as possibilidades através do estopim de lutas por exemplo, como o Black Lives Matter de 2020 e não apenas em datas específicas e em muitas casos vazias de sua historicidade e luta. Um feminismo que se espelha em lutas que imponham através da força da mobilização das mulheres, negras como eu mesma, mães solo que são chefes de famílias e de todos os trabalhadores o direito legal de aborto, como foi alcançado pelas companheiras argentinas este ano. Sendo esses apenas um dos vários exemplos que poderia escrever por várias páginas, para lhes demonstrar como o feminismo socialista me dá forças para encarar os desafios.

Escrevo tais linhas, não no sentido de autoajuda, mas no de trazer a você/vocês que tenham tido ânimo para seguir com a leitura deste texto, que através da organização e dos estudos – a militância é uma universidade – encontramos apoio em nós e em nossa luta para seguirmos contra esse regime de golpe e na preparação para as lutas de classes que se avizinham para junto dos trabalhadores fazermos a revolução. Portanto, convido você caro leitor a participar da Plenária Aberta do Grupo de Mulheres Pão e Rosas, no próximo sábado, dia 06/03 às 16:30. Venha conhecer o feminismo socialista!




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