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DEMISSÕES NA LATAM | Comitê do Esquerda Diário das Ciência Sociais da USP repudia os ataques da LATAM

quarta-feira 10 de junho de 2020 | Edição do dia

Desde o início da pandemia, viemos nos deparando com crises em diversos setores econômicos, implicando em diversas empresas recorrendo aos bancos e ao Estado para salvarem seus lucros, aplicando retirada de direitos aos trabalhadores, ou mesmo os demitindo propriamente. Uma contradição que se escancara cada vez mais conforme essa crise se alastra e que recentemente, o setor aeroviário vem se impactando cada vez mais nesse sentido.

Nós do Comitê do Esquerda Diário do curso das Ciências Sociais da USP, viemos com esta nota prestar total apoio aos trabalhadores da LATAM que vêm sofrendo o absurdo ataque desta empresa, que vem efetivando a demissão de quase 2 mil trabalhadores em todo o país. Não bastasse os trabalhadores da LATAM, que garantem lucros bilionários a esta empresa há anos, terem uma rotina de alto risco de contaminação, pois estão na porta de entrada do vírus, agora a empresa, depois de tanto ter lucrado às custas destes trabalhadores, vêm despejar as consequências da crise gerada pelo COVID-19 nesses mesmos trabalhadores, que estando desempregados são jogados à miséria e sem condições de se manterem e se protegerem da pandemia.

Na América Latina, já são 1845 demitidos e, enquanto a empresa vem recebendo auxílios bilionários dos governos, sendo que esses milhares de demitidos tema nada a receber, além de uma perspectiva cada vez mais precária de vida, o que demonstra como o Estado está à favor dos capitalistas e não dos trabalhadores. Frente a chantagem patronal é necessário exigirmos que essa própria empresa, assim com tantas outras, apresentem seu livro de contas para nos dizer pra onde esses auxílios bilionários estão sendo destinados!

Em Guarulhos, principal base da LATAM no Brasil, pode haver cerca de 800 demitidos. Como sabemos, o auxílio do governo Bolsonaro de R$600,00 é ínfimo, e se levarmos em consideração que o valor médio da cesta básica em São Paulo é de R$519,76, fica ainda mais escancarado como os trabalhadores estão sendo cada vez mais empurrados à morte justamente quando os números de mortos pelo COVID-19 alcança cerca de 37 mil no Brasil.

Acreditamos que trabalhadores de outros setores e estudantes, e suas respectivas entidades, possam apoiar essa luta de resistência contra as demissões aplicadas pela patronal. Devemos cercar de solidariedade e apoiar a luta dos trabalhadores da LATAM. Essa luta pode se somar à mobilização de trabalhadores e jovens que foram às ruas no último domingo, 07/06, contra o governo Bolsonaro e tantas outras contradições do capitalismo, e com isso ter mais peso e força para anular as demissões e todas as tentativas de ataque de qualquer patronal.

Essas demissões ainda não se efetivaram, portanto, é fundamental que os trabalhadores organizem-se em assembleias, paralisações e outras formas de mobilização e manifestação para que a luta seja cada vez mais eficaz para enfrentar esse absurdo ataque. Que todos os sindicatos impactados rompam com sua passividade e sejam concretamente uma ferramenta de luta desses trabalhadores.

NENHUMA DEMISSÃO E CORTE DE DIREITOS!




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