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VOTAÇÃO NO SENADO | Comissão no Senado aprova continuidade da votação do golpe

sábado 7 de maio de 2016 | Edição do dia

A comissão especial do impeachment do Senado aprovou nesta sexta-feira (6), por 15 votos a favor e 5 contra, o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) favorável à continuidade do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff. Apenas era necessária maioria simples (1/2 + 1) do plenário para a provação. No caso, o plenário constava com a presença de 21 senadores, portanto 11 votos eram necessários para a aprovação.

Apenas o presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), entre os 21 senadores, que optou não votar, justificando que só caso ocorresse um empate tomaria posição.

O texto será submetido agora à votação no plenário principal do Senado que ocorrerá na próxima quarta-feira (11/05), sendo necessários 41 votos para a aprovação definitiva da abertura do processo de impeachment de presidente Dilma, que resultaria no seu afastamento do cargo por até 180 dias até o julgamento final do processo. Acontecido isso, Temer assumiria a presidência e montaria o seu governo golpista.

O golpe segue. O afastamento do reacionário Cunha pelas mãos o STF significou uma tentativa de varrer sujeira do golpe para debaixo do tapete e tornar mais aceitável o avanço da direita, limitando seu potencial explosivo na luta de classes. O poder judiciário busca fortalecer seu papel de árbitro da situação nacional, autoritarismo que não servirá para acabar com a impunidade, mas para estabilizar o golpe com uma cara mais limpa, assim como atacar as lutas de resistência a ele.

O combate a corrupção e aos reacionários como Cunha não virá do Judiciário. Com Cunha ou sem Cunha, a luta contra o golpe segue vigente. O golpe segue em curso, sendo realizado por poucos (e sujos) que querem passar por cima da única coisa democrática que temos: o voto de milhões. Fazem isso justamente pra despejar ainda mais o ônus da crise sobre as costas desses milhões, principalmente dos trabalhadores, da juventude e dos setores oprimidos.

O PT quer barrar o golpe negociando com a direita, ou no máximo chamando novas eleições para relegitimar a podridão que é esse regime dos ricos. Não está disposto a vencer o golpe na luta, como ficou provado no último ato do 1º Maio contra o golpe, pois tem mais medo da força dos trabalhadores e da juventude do que da direita golpista.

É preciso que esses setores barrem o golpe na luta! Com greves, piquetes, cortes de rodovia e trancaços, devem enfrentar os ataques que vem sofrendo nas escolas, universidades e locais de trabalhos, desferidos pelos governos estaduais e municipais, fazendo com que essas lutas criem força para barrar o golpe em curso, porque ele significa a ampliação dos duríssimos ataques que o governo Dilma já vinha aplicando nacionalmente.




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