Após Eduardo Leite cortar o ponto dos grevistas para punir e constranger a categoria, os professores sem salário estão promovendo pedágios solidários para arrecadar alimentos e dinheiro para suas famílias. Leite quer ver os professores passando fome para impedir futuras greves.
sexta-feira 10 de janeiro de 2020 | Edição do dia
Os professores estão desde o final de dezembro promovendo os pedágios solidários, contando com a simpatia e solidariedade da população para garantir seu sustento após Eduardo Leite aplicar o corte de ponto dos grevistas.
A greve veio desde novembro do ano passado demonstrando um enorme rechaço a Leite e seus projetos de atacar o funcionalismo público, deu grandes demonstrações de força contra os ataques. Leite vê a necessidade de atacar ainda mais os professores cortando o ponto dos dias parados, uma medida criminosa para punir uma categoria por protagonizar uma grande luta. Já declarou abertamente que o corte de ponto é para “desestimular” greves.
A direção do CPERS e o Comando de Greve foram impotentes contra o corte de ponto, mesmo após o governo ter dado diversas declarações dizendo que cortariam o ponto, não disponibilizaram para a categoria o fundo de greve para que os professores pudessem continuar lutando sem perder seus salários. Chegou ao ponto de mesmo o próprio Leite dizer que o sindicato deveria usar o fundo de greve, não por compaixão à categoria, é claro, mas numa tentativa de conseguir impor seu absurdo corte de ponto. O comitê dos contratados já fez uma exigência pelo fundo de greve, é uma medida necessária para garantir a integridade dos educadores em luta.
