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CRISE | Com redução de verba às UTIs, estados do Norte já têm dificuldades para conseguir oxigênio

O Ministério da Saúde informou que os leitos de UTI custeados com verba federal poderão diminuir quase pela metade em fevereiro. O impacto dessa redução é preocupante principalmente para os estados do Norte do país, que já possuem aumento na demanda de oxigênio e falta de mão de obra especializada.

segunda-feira 8 de fevereiro de 2021 | Edição do dia

Imagem: Pedro Guerreiro/Ag. Pará

Em reunião entre o Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) nas últimas semanas, o Ministério já havia informado que o número de leitos custeados em fevereiro pelo governo diminuiria de quase 8 mil para pouco mais de 3 mil leitos. Ou seja, uma redução assustadora em meio ao recrudescimento da pandemia.

Os estados de Roraima, Rondônia, Amapá e Amazonas já estão sofrendo a consequência dessa redução no repasse de verbas. Ao mesmo tempo que aumenta o número de contaminados por coronavírus, aumenta também a falta de mão de obra especializada e a dificuldade para conseguir a quantidade de oxigênio necessário aos pacientes.

Nos estados da Amazônia Legal, o número de UTIs no final do ano passado era de 12.000 e agora, com a falta de verba, está em cerca de 3.000 leitos. Esta redução de verba para leitos de UTI poderá afetar até mesmo a transferência de pacientes para outros estados, como é o caso de Manaus, que já transferiu 570 pacientes desde o colapso no sistema de saúde do estado.

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É preciso um plano de emergência real que atenda as necessidades de toda população frente à pandemia. Que o dinheiro público pare de ir para os bolsos dos grandes empresários e para o pagamento da fraudulenta e ilegítima dívida pública e seja girado para salvar a vida da população. Pois enquanto a verba destinada à saúde pública é reduzida, o governo de Bolsonaro e Mourão gasta R$ 15 milhões apenas em leite condensado e se dependermos deste governo negacionista, do Congresso ou do STF, ambos inimigos da classe trabalhadora, cenas como o colapso de Manaus correm o risco de se repetir.




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