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Eleições 2020 | Com patrimônio maior que R$ 300 mil, quase 12 mil candidatos receberam o auxílio emergencial

Segundo auditoria realizada pelo TCU, receberam o auxílio emergencial 1.320 candidatos milionários e mais 10.724 que declararam patrimônio acima de R$ 300 mil reais.

quinta-feira 29 de outubro de 2020 | Edição do dia

Imagem: Marcelo Casal Jr / Agência Brasil

Trata-se de mais um escândalo envolvendo o pagamento do auxílio emergencial. No caso, a auditoria realizada pelo Tribunal de contas da União, apontou que um total de 1.320 candidatos com patrimônio declarado acima de R$ 1 milhão e mais 10.724 candidatos com patrimônio declarado entre R$ 300 mil e 1 milhão receberam o auxílio emergencial de R$ 600.

Como se não bastasse candidatos recebendo auxílio emergencial, dados do governo revelam que 189.695 militares receberam o auxílio emergencial, totalizando R$114 milhões desviados apenas neste que é um verdadeiro esquema de corrupção.

Enquanto isso o governo Bolsonaro tem cortado milhões de beneficiários do direito à extensão de R$ 300 reais do auxílio emergencial, sem falar daqueles que, mesmo em situação de necessidade, tiveram seu auxílio negado.

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Durante a pandemia, o governo Bolsonaro fez demagogia com o auxílio emergencial, mas foi a fortuna dos mais ricos que cresceu em base à fome e o desemprego dos mais pobres.

Como denunciou Marcello Pablito, trabalhador que é candidato a vereador pela Bancada Revolucionária dos Trabalhadores: "Esses dados são revoltantes, só comprova mais uma vez que a pandemia para os trabalhadores e o povo pobre, em especial as negras e negros, os indígenas e os LGBT’s significou fome e desemprego, enquanto para os empresários foram lucros como nunca e rios de dinheiro. Na última década a fortuna desses 200 bilionários exploradores dobrou, e agora foi às custas dos trabalhadores que fortuna de bilionários cresceu 34% durante a pandemia, somando R$ 983,3 bilhões. Isso no mesmo país onde vamos terminar o ano com 70 milhões de pessoas na pobreza, ou seja, um terço das pessoas do Brasil vivendo com menos de R$522,50 reais por mês, como afirma o IBGE. Muitas dessas pessoas são mães que sozinhas sustentam seus filhos. Esse é o retrato do capitalismo, que muitos querem gerir e ainda geram ilusão de que pode melhorar".




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