O órgão responsável pelo fomento à pesquisa e pela formação de muitos pesquisadores em diversas áreas do conhecimento, tem o menor orçamento do século XXI, com apenas 1,21 bilhão para sustentar a produção científica no Brasil todo. Em comparação com o ano 2000, o orçamento caiu pela metade, sequer tendo um valor ajustado de acordo com a inflação.
segunda-feira 31 de maio de 2021 | Edição do dia
Foto: MCTIC/Visual Hunt
Esse dado escandaloso mostra qual é o projeto de país, que vem desde os governos do PT e é aprofundado pelo golpe de 2016, que Bolsonaro, Mourão e todo o regime querem impor. Eles querem um país com universidades públicas precarizadas, para que a privatização avance e impeça de vez os filhos da classe trabalhadora de estudarem e tornarem-se grandes pesquisadores.
Prova disso é que de 2011 a 2020 a quantidade de bolsas ofertadas pelo CNPq caiu mais da metade, de 2445 bolsas para 1221. Isso paralisa o desenvolvimento científico que, agora na pandemia, poderia estar cumprindo um papel fundamental, com as universidades protagonizando, com os estudantes e trabalhadores à frente, um forte combate à pandemia. Esses indivíduos poderiam estar desenvolvendo pesquisas, produção de testes, vacinas e respiradores, hospitais e leitos.
Por isso é fundamental que os estudantes e trabalhadores tomem os rumos do país em suas mãos, derrubando Bolsonaro, Mourão e todo esse regime golpista. As mobilizações do 29M mostraram como a população tem força para enterrar esse regime e abrir espaço para um governo dos trabalhadores, sem confiança nenhuma no STF, no congresso ou em promessas de 2022. Para isso, as centrais sindicais precisam dar continuidade às mobilizações, chamando uma grande paralisação nacional de estudantes e trabalhadores, para que estes possam transformar seu ódio em luta.
