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CRISE NO PLANALTO | Com medo, Cunha afirma que "Se a JBS delatar, será o fim da República"

quarta-feira 17 de maio de 2017 | Edição do dia

Ex-presidente da Câmara e ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) afirmou que seria o "fim da República" durante conversa com interlocutores na prisão da Lava Jato, em Curitiba, onde hoje cumpre pena de 15 anos e quatro meses por corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo o jornal Estado de SP Cunha se mostrou ’apreensivo’ esta semana com a possibilidade de vazamento do teor das delações dos executivos do Grupo JBS.

Segundo informações do jornal O Globo, a JBS teria pagado R$ 5 milhões pelo silêncio de Cunha para que ele não fizesse a delação premiada. Joesley Batista, da JBS, gravou conversa com o presidente Michel Temer na noite de 7 de março no Palácio do Jaburu. Na ocasião Temer teria incentivado o empresário a continuar pagando mesada milionária ao ex-presidente da Câmara para ganhar o silêncio de Eduardo Cunha. Cunha também minimizou que as delações da empreiteira Odebrecht seriam ‘pequenas causas’ se comparadas ao teor das revelações dos controladores do Grupo JBS. Cunha não comentou se estaria envolvido em esquemas de corrupção com os novos delatores.

Eduardo Cunha está condenado a 15 anos e quatro meses de prisão na Operação Lava Jato, no Complexo Médico Penal de Pinhais, nos arredores de Curitiba, desde outubro de 2016, por ordem de Sérgio Moro.

Para Diana Assunção "Delação da JBS, aceita por Fachin e pelo Ministério Público comprovam o que todos brasileiros sabem. Temer não é só um inimigo de nossos direitos querendo atacar a aposentadoria, direitos trabalhistas, a saúde e a educação. É um corrupto. A notícia é bombástica e analistas começam a especular se haveria condições de ele continuar no cargo. Os trabalhadores precisamos aproveitar essa crise para derrubar não somente o presidente golpista como para derrotar completamente todas suas medidas. Por isso é urgente que as centrais sindicais marquem já uma nova data de greve geral. Uma greve geral que seja preparada para lutar consequentemente até derrubar as reformas e Temer. O judiciário, a mídia, podem mudar de posição e começar a atuar para se livrar de Temer. Porém, aplaudem e defendem seu legado. Precisamos com nossa luta unir os dois objetivos. A entrada em cena dos trabalhadores pode derrubar o governo e derrubar a reforma trabalhista e da previdência."

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