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#ocupaCCBBresiste | Com mais de 6 mil mortos de COVID no DF, Ibaneis despeja famílias com sua polícia racista

Com mais de 350 mil casos de Covid, 6.200 mil pessoas morreram desde o início da pandemia no DF, o milionário Ibaneis desde sua mansão no Lago Sul (a mais cara do DF) despeja inúmeras famílias da ocupação do CCBB no Plano Piloto em mais uma demonstração higienista e racista de sua polícia.

segunda-feira 5 de abril de 2021 | Edição do dia

O DF já registra quase 350 mil casos de Covid e mais de 6.200 mil pessoas morreram desde o início da pandemia. A ocupação dos leitos de UTI excede os 97% na rede pública e já está em quase 100% na rede privada. Mesmo assim, o que move o milionário Ibaneis, o mesmo que tem a mansão mais cara do DF, é despejar inúmeras famílias da ocupação do CCBB no Plano Piloto.

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Esta já é a terceira vez que o GDF parte para cima dessas famílias, inclusive derrubando barracos sobre as pessoas. A última ação arbitrária havia ocorrido em 25 de março, quando o ativista Thiago Ávila foi preso arbitrariamente, apenas por apoiar a resistência dos trabalhadores que estão no terreno próximo a CCBB. Ibaneis não tem pudor em usar a polícia para seus empreendimentos higienistas e racistas, como foi com os ambulantes na rodoviária do Plano Piloto e como está sendo agora com o toque de recolher nas satélites que apenas aumentam as mortes da juventude negra e periférica. Sem contar que o comandante-geral racista da PMDF e outros militares de alta patente furaram a fila da vacinação contra a COVID.

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Segundo o GDF, as famílias da ocupação recebem bolsa-família e mais de 20 seriam cadastradas no CRAS. Com os preços dos alimentos em alta vertiginosa e um auxílio emergencial vergonhoso - o bolsa-família mal dá para comprar um pacote de arroz e um kilo de feijão. Ibaneis com seus cães de caça que chegam aos pontapés para derrubar barracos, seguem com uma ação higienista no Plano Piloto que é notadamente uma ilha segregacionista no centro do país. Incapazes de salvar vidas e manter o mínimo de dignidade para as massas, Ibaneis e todo esse regime do golpe utilizam da força policial para “empurrar para debaixo do tapete” o que incomoda à visão da elite racista que os apoia.

A situação de calamidade do DF é latente como em todo o país. Somente ontem, foram 53 vidas ceifadas pela COVID-19 e mais de mil casos da doença confirmados. Mas o que move a política do GDF comandado pelo racista, higienista e produto direto desse regime de golpe, Ibaneis Rocha, é despejar famílias utilizando sua força policial que atua no sentido de reprimir as massas negras e pobres.

Em um país com média mortis diárias de mais de 3 mil mortos, com índices astronômicos de desemprego, com a fome se fazendo parte das vidas de milhares, sem testes e com uma vacinação pífia, a preocupação desse regime do golpe do qual Bolsonaro, Mourão, militares, STF e Ibaneis formam um conjunto, se preocupa com medidas racistas e higienistas que deixam famílias desalentadas na rua. Um regime que prefere derrubar escolas e reprimir o povo pobre e preto desse país - que tem sobretudo o rosto de mulher.

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Nós do Esquerda Diário que é impulsionado pelo MRT (Movimento Revolucionário de Trabalhadores) e parte da Fração Trotskista, nos solidarizamos com as famílias que estão resistindo contra essa ação racista. Defendemos o amplo e irrestrito direito à moradia e uma reforma urbana radical no DF que as terras redistribua para quem nela trabalha e deseja viver, bem como exproprie todas as grande imobiliárias que lucram às custas do povo pobre e sem teto nessa capital federal da segregação. É fundamental que as centrais sindicais mobilizem os seus sindicatos no DF e em todo país para se solidarizar contra a brutalidade policial e as lutas dos trabalhadores contra essas ações racistas, defendendo o direito à moradia e por um plano emergencial de combate à pandemia. Chamamos todas as organizações de esquerda, como o PSOL que esteve presente na defesa das ocupações, a defenderem essas bandeiras conosco. Temos confiança que é só com a força da mobilização da classe trabalhadora que nesse país é caracterizada pelas mulheres negras, pobres e precarizadas, que iremos derrubar esse regime de golpe do qual Ibaneis e seus asseclas fazem parte.




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