Acompanhando as festas e viagens da virada de ano, foi notado em diversos estados um aumento na demanda por testes e um aumento nos testes positivos. Em alguns lugares, farmácias já têm escassez de testes e agendamento pode levar dias.
terça-feira 4 de janeiro de 2022 | Edição do dia
Em todo o Brasil crescem os casos de sintomas respiratórios ligados à Covid ou ao vírus Influenza. A epidemia de gripe se somou à pandemia e coincidiu com as festas de fim de ano, levando a um aumento na procura de testes tanto em hospitais como em farmácias. Reportagens apontam que em São Paulo e Rio Grande do Sul muitas pessoas já enfrentam dificuldades para agendar testes em farmácias, principalmente nas respectivas capitais e cidades litorâneas.
Segundo a Folha de São Paulo, muitas farmácias na capital e no litoral paulista já não têm testes, ou para fazer um teste é preciso esperar até 5 dias. A reportagem da folha cita o caso de um escritor que passou por 9 farmácias do litoral e da capital até encontrar uma que tivesse disponibilidade imediata de teste. Há relatos semelhantes no Rio Grande do Sul onde, segundo reportagem da GaúchaZH, redes de farmácias já estão suspendendo o agendamento de testes por falta de insumos.
Um levantamento nacional da Abrafarma aponta que o número de positivos foi de 524 em 1º de dezembro, com 10 mil exames feitos, para 5.334 no dia 29 de dezembro, com 31.332 exames — isso corresponde, respectivamente, a 5% e 17% do total.
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O Brasil é desde o início da pandemia um dos países que menos testa, as consequências disso foram vistas no desastroso cenário do início de 2021 em que o país se tornou epicentro mundial da pandemia com centenas de milhares de mortos. Agora é apontado que o Brasil pode enfrentar uma “onda silenciosa”, causada pela baixa testagem num cenário em que além da variante Ômicron há também uma epidemia de gripe, com a maioria dos sintomáticos com quadros de sintomas leves que podem até passar despercebidos.
