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CORONAVÍRUS | Com a falta de leitos e respiradores, Rio faz protocolo para escolher quem vive ou morre

O com o sistema quase colapsando, o Estado do Rio de Janeiro faz protocolo para definir quem terá leito e respirador. Colocando critérios para escolher quem receberá o atendimento. Em outras palavras, estão fazendo critérios para decidir quem vive ou morre pela COVID-19.

sábado 2 de maio de 2020 | Edição do dia

No Estado do Rio de Janeiro, já ultrapassa mais de 10 mil casos do novo Coronavírus e com mais de 900 mortes. A Secretaria Estadual de Saúde do Estado já admitiu que com esse número crescente dos casos, não haverá respiradores para todos os pacientes em estado grave. Com isso o Estado protocolou critérios para ser analisado e que decidirá quais pacientes poderão receber o tratamento para continuarem vivos.

Nesses critérios, serão analisados condições de seis órgãos e atribuídos notas ao seu funcionamento, de 0 (boa) a 24(péssima), quem tiver com a menor nota, terá mais chances para receber o leito. Quem tiver algum problema que pode ser fatal, independentemente da Covid-19, em até um ano, ganhará 4 pontos e ficará atrás na fila de quem não tiver mal algum (0 ponto) ou de quem tenha uma comorbidade que permita sobrevida maior do que um ano (2 pontos). O documento também prevê critérios de desempate, caso haja pontuações idênticas. O primeiro é se o paciente está em ventilação mecânica, já ligado a um respirador . O segundo é a idade do doente. Os mais jovens, com até 60 anos, ganharão uma vaga antes dos que têm entre 61 e 80 anos. Os acima dos 80 ficarão por último na disputa por leito. Ou seja, os pacientes em Estado mais grave e com maiores chances de morrer não irão receber os leitos e respiradores e serão deixados a própria sorte.

Independente de quais pacientes estão com em Estado mais graves ou não, é extremamente escandaloso e terrível que o governo prefere tomar esse tipo de medida para deixar as pessoas morrerem em vez de tomarem medidas para ampliar leitos e conseguirem mais respiradores para pode salvar todas essas vida. O governo de Witzel não chega e ser muito diferente como Bolsonaro que desde o início da pandemia segue com sua linha negacionista dizendo que o vírus é só uma “gripezinha” que já matou no país mais de 6 mil pessoas, e não toma medidas para combater de fato a pandemia. As medidas de Witzel, assim como os demais governadores de outros Estados onde o sistema de saúde está, ou já colapsou, são insuficientes. E todas são para preservar os lucros capitalistas enquanto os trabalhadores e a população pobre segue morrendo nos corredores dos hospitais.

É cada vez mais evidente que não há como ter algum tipo de confiança em Bolsonaro, Mourão, Militares, governadores e o Judiciário, que pouco se importam com a vida dos trabalhadores. é necessário que os trabalhadores se coloquem no controle da situação para colocar um plano emergencial para combater a pandemia. Com testes massivos para saber quem são todas as pessoas que estão infectadas para haver um isolamento racional e receberem os devidos tratamentos. Frente a falta de leitos e equipamentos como está acontecendo no Rio de Janeiro, é urgente reconverter a indústria para produzir novos respiradores, alcool em gel, máscaras, e demais equipamentos para tratamento e prevenção, para evitar que os trabalhadores sigam morrendo. Frente a essa crise sanitária, é necessário uma Assembleia Constituinte, Livre e Soberana, para que todos os trabalhadores possam decidir os rumos do país, e decidirem quais medidas tomarem frente a crise e que sejam os capitalistas que paguem por ela.




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