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OPINIÃO | Com Marcos Pontes, Lucicreide foi para Marte e o MCTI foi para o escambau

sábado 27 de março de 2021 | Edição do dia

Ministro da Ciência, Tecnologia e Informação, o astronauta Marcos Pontes foi até a Nasa contribuir para a sua própria carreira, em participação especial no filme "Lucicreide vai para marte". O astronauta se preocupa é com sua carreira, enquanto recordes de mortes são batidos no Brasil, resultado de dos esforços dos ministros de Bolsonaro, ao lado de governadores e prefeitos.

Marcos Pontes é um belo exemplar do que é ser militar do alto escalão no Brasil. O astronauta foi para o espaço financiado por dinheiro do estado brasileiro, e, depois disso, pediu para virar reservista para que pudesse ganhar muito dinheiro comercializando sua carreira de astronauta.

Não é estranho que seguisse na mesma prática, mesmo com a sincronização de uma terceira onda que, ontem, bateu 3,6 mil mortes em território nacional. Pontes acha que vai sair impune, porque quem está na "reta" é Ernesto Araújo. E com isso, a ciência e tecnologia brasileira é escanteada, em um projeto de país totalmente submisso às grandes indústrias farmacêuticas, que montaram nas costas do negacionismo bolsonarista para ganhar o direito ao mercado de vacinas brasileiro.

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Doria e Bolsonaro são dois falastrões, depois de cortarem bilhões da pesquisa brasileira com um programa de sucateamento das instituições públicas de ensino (aonde a pesquisa é feita), agora anunciam a "corrida pela vacina" brasileira. Não passam de serviçais da indústria farmacêutica e dos grandes monopólios da Big Pharma. A verdadeira saída para ter vacina para todos passa pela quebra das patentes das vacinas que existem atualmente, e reconversão da indústria para produção em massa destas vacinas.

Assim, criaram uma vacina que é uma peça publicitária para as eleições de 2022, que deve sair "deus sabe quando". Investir na pesquisa nunca foi prioridade para estes dois, com Doria cortando de verde e amarelo as Universidades estaduais paulista, e Bolsonaro atacando pesquisadores nas universidades federais. Agora fazem demagogia, enquanto o número de mortes só aumenta, por responsabilidade deles mesmos.

Seria necessário investir nas pesquisas que estão em curso nas instituições públicas do país hoje, avançando na compreensão das novas variantes do vírus. Assim, também seria necessário contratar em massa profissionais de saúde e desafogar os leitos de CTI, criando novos leitos e botando para produzir insumos para os hospitais, sob controle do estado.




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