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DEMISSÕES E DESEMPREGO | Com Bolsonaro, empresários se sentem livres pra demitir

Grandes empresas demitem em massa, desemprego e desalento batem recordes, e cada vez fica mais evidente que o compromisso de Bolsonaro é descarregar a crise nas costas dos trabalhadores, enquanto se esconde atrás fake news e declarações levianas para enganar e confundir trabalhadores que o elegeram

terça-feira 16 de abril de 2019 | Edição do dia

Quem se lembra de quando o então candidato Jair Bolsonaro afirmou que os trabalhadores deveriam escolher entre empregos sem direitos ou desemprego?. Existe um “censo comum” que nada mais é do que um conto de fadas que a burguesia sempre tenta disseminar, de que os interesses de todas as classes sociais são os mesmos, já que quando os empresários lucram, os trabalhadores ganham empregos e salários crescentes. Nessa historinha, os vilões são as leis trabalhistas, que impedem os empresários de lucrar e, assim, impedem a geração de empregos e de renda para todos.

Há muitas formas de revelar a falsidade desse raciocínio, mas como ele é repetido pela mídia, pelos empresários e pelos políticos até se tornar verdade, parte dos trabalhadores chega a acreditar. Nesse sentido, examinar alguns dados e fatos recentes, ajuda a se chegar mais perto da realidade.

Um bom exemplo disso é o caso da Reforma Trabalhista, empurrada goela abaixo dos trabalhadores, e que passado mais de um ano de sua implementação não resolveu o problema do desemprego crescente no país. A divulgação do último resultado da PNAD pelo IBGE mostrou claramente que há mais trabalhadores sem emprego (13,1 milhões!) mas também que bateu recorde o número de trabalhadores classificados como desalentados, ou seja, sem esperança de conseguir trabalho (4,9 milhões!).

O próprio IBGE precisou soltar uma nota técnica explicando sua metodologia de pesquisa para desmentir Bolsonaro, que como sempre preferiu enganar os trabalhadores com fake news ao invés de admitir que o desemprego e a miséria que atinge os trabalhadores não é nem de longe uma preocupação para ele.Trata-se de um governo para defender os empresários, e ajudá-los a seguir lucrando e descarregando a crise capitalista nas costas dos trabalhadores.

É por isso que grandes empresas como a Gráfica R.R.Donnelley fecham as portas, mesmo recebendo fortunas imprimindo as provas do ENEM, assim como a Ford em São Bernardo do Campo, cujo fechamento deixará 3,3 mil trabalhadores e suas famílias sem emprego.

Os empresários se apoiam nas suas histórias da carochina sobre como estão sufocados e serão obrigados a demitir, a não ser que os trabalhadores aceitem trabalhar mais, receber menos, trabalhar até morrer, abrir mão de férias, décimo terceiro, e todos os seus parcos direitos com a condição de manterem empregos. E Bolsonaro trabalha para isso, seja com seus tweets e fake news, seja com medidas práticas como apoiar a Reforma Trabalhista, a Reforma da Previdência, extinguir o Ministério do Trabalho, e etc, deixando os empresários cada vez mais a vontade.
Mas podemos olhar para um caso recente e emblemático ocorrido no Brasil para entender como os empresários realmente pensam nos trabalhadores. Acaba de ser revelada a fraude realizada pelos empresários da MABE, que em 2016 decretou falência e fechou duas plantas da fábrica no Brasil, colocando milhares de trabalhadores na rua sem garantir seus direitos mais básicos, deixando famílias na miséria a engordar as estatísticas de desemprego. Um simples golpe em que todo o lucro era remetido ao exterior, levando a empresa a falir apenas para saciar a sede de lucro dos capitalistas estrangeiro às custas das vidas das famílias operárias.

Veja mais: Investigação prova que falência da Mabe Brasil foi planejada por controladores.




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