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CORONAVÍRUS | Coletivos do Recife se organizam para promover ações de solidariedade e difusão de informações nas favelas

Coletivos que já atuavam nas regiões se organizam e criam inclusive redes para difundir informações sobre prevenção ao coronavírus e ações de solidariedade.

quinta-feira 16 de abril de 2020 | Edição do dia

Foto: Foto: Diego Nigro/JC Imagem

A crise sanitária do coronavírus deixou a desnudo o que foram os anos de neoliberalismo. Além de uma imensa precarização do SUS, também deixou uma massa de desempregados e trabalhadores informais, além de pessoas vivendo em situações altamente precárias. Na Grande Recife esses problemas são particularmente agudos. A Região Metropolitana que já contava antes da pandemia com taxas de desemprego acima da média nacional e com um dos maiores índices de população residindo em favelas, fica em uma situação bem vulnerável para enfrentar a pandemia do coronavírus.

Também é importante que desde o início da crise, os enfermeiros do estado de Pernambuco vem denunciando as questões precárias que enfrentam, chegando inclusive a ameaçar entrar em greve. Esse ano, antes da pandemia, os trabalhadores da saúde já haviam realizado outras mobilizações contra a precarização imposta pelo governador

Enquanto os governantes prometem apenas 600 reais para informais e desempregados e simplesmente manda a população se isolar em casa, os coletivos de moradores das comunidades da Grande Recife se organizam para promover ações de solidariedade e de difusão de informações sobre o vírus. Além disso, os distintos coletivos locais tem se organizado tem se organizado em redes maiores. Na cidade de Paulista, onde já se tinha formada a Rede de Coletivos Populares de Paulista (Rede COPPA), esta está se colocando na frente das ações. A rede é composta pelo Coletivo Força Tururu, as Coletivas, o Observatório Popular de Maranguape I, o Escambo Coletivo e o Coletivo M-1. No dia 5 de abril a rede lançou seu manifesto, denunciando a situação de vulnerabilidade das comunidades e as medidas econômicas aprovadas pelo governo e congresso que tem como principal alvo enriquecer os bancos:

Também na segunda feira fizeram uma ação de solidariedade, onde ajudaram 130 famílias:

Ainda, segundo o portal Marco Zero, a rede tem contato com outros coletivos do Rio de Janeiro como o Maré Vive e o Papo Reto. Além disso, tem se esforçado para difundir informações sobre as medidas de prevenção e de higienização para combater o coronavírus.

Outra rede que também tem feito ação de solidariedade é a Articulação Recife de luta. Além de lançarem seu manifesto As periferias tem o direito de se proteger do coronavírus: o Estado deve tomar medidas urgentes para garantir água para todos, realizaram várias ações de solidariedade, como a que realizaram recentemente na comunidade 27 de Novembro:

O Gris Solidário, que promove atendimento terapêutico na Comunidade Vila Arraes, está fazendo doações de cestas básicas, kits de limpeza e higiene, álcool, luvas e máscaras de tecido.

Num momento em que a crise sanitária e econômica amplifica as mazelas capitalistas, também se multiplicam a solidariedade entre os oprimidos. Essa solidariedade é fundamental, assim como também é urgente apontar para um horizonte de superação desse sistema de miséria.

Desde já também é necessário exigir testes massivos já, além de uma renda mínima de 2000 reais e a imediata disponibilização de quartos hotéis para que se possa realizar um isolamento de qualidade!

Seu bairro ou comunidade também está realizando ações? Mande para o Esquerda Diário divulgar!

Ver também: Frente à barbárie capitalista, fortalecer a solidariedade operária

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