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ELEIÇÕES 2018 | Ciro mostra suas caras e se nega novamente a falar sobre aborto

sexta-feira 21 de setembro de 2018 | Edição do dia

Na manhã de quarta-feira (19), o candidato à presidência Ciro Gomes foi entrevistado pelo G1 e CBN afirmando que ‘"Brasil não aguenta mais um presidente fraco, que tenha que consultar seu mentor’’.

Na entrevista, o candidato admite ser colega de quase todos seus opositores ao cargo e se opõe a bancada de entrevistadores dizendo ser "diferente em tudo’’ de seu adversário petista. Ao ser questionado sobre sua fala: "Seria uma honra ser vice de Haddad’’, ele alega ser mera ‘cordialidade’, mostrando não ser propriamente de esquerda. Ao argumentar sobre seu programa, diz:

"Quero chegar na presidência e unir o Brasil, desarmar essa bomba sem cultivar extremismos de um antipetismo de um lado e fascismo do outro’’.

O candidato do PDT, apesar de citar dados em que milhares de mulheres são estupradas, se negou novamente a discutir o tema do aborto e também sobre a adoção de crianças por casais homossexuais.

Não é possível ser uma alternativa para as mulheres estando lado a lado com a direitista Kátia Abreu, sua candidata a vice. Uma das principais testas de ferro do agronegócio no país, e que ela mesmo defende que as mulheres sigam morrendo por abortos clandestinos. Em entrevista a Folha de São Paulo ela se colocou veementemente contra a Legalização do Aborto no Brasil.

Em outras oportunidades Ciro já afirmou “não é tarefa para um presidente da República”. Isso por si só já demonstra que esse candidato não é nenhuma saída para as mulheres. Além do fato dele manter o pagamento da dívida pública, e de querer fazer uma reforma trabalhista "light", e um agressivo "ajuste fiscal" que no fundo significa um aceno ao mercado que significará ataques a classe trabalhadora, nas quais as mulheres continuaram sendo as mais exploradas.

Ciro segue com seu escancarado oportunismo onde já disse não confrontar os religiosos, transferindo a responsabilidade ao Congresso. Mostra mais uma vez que quer conquistar o eleitorado religioso, setores conservadores e de direita.

Nós do Esquerda Diário e do MRT queremos trazer para o debate com quem irá votar no Ciro Gomes para que enxerguem que ele não é nenhuma alternativa para combater a direita. Precisamos construir uma alternativa a esquerda do PT, a partir dos locais de trabalho e de estudo, que se enfrente ao golpismo que sequestra o voto de milhões de brasileiros, e que avance em medidas como o não pagamento da dívida pública, para que sejam os capitalistas paguem pela crise, e não os estudantes, a classe trabalhadora, os LGBTs, as mulheres e todo o povo pobre.




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