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GUERRA ÀS DROGAS | Cidade de Deus vira palco de guerra, em campanha Bolsonaro leva apoio a seus soldados

No dia de ontem mais uma jovem inocente, Natacha Aparecida Cruz, foi vítima de uma bala perdida, e da guerra às drogas que transforma em zonas de conflito os morros cariocas. No mesmo dia Bolsonaro, a personificação dessa assassina política de (in)segurança pública, havia visitado os policiais da UPP do bairro Cidade de Deus numa ação de promoção de sua campanha presidencial. Bolsonaro se promove às custas do medo da população, prometendo ainda mais repressão, e consequentemente mais mortes por "casualidades".

sexta-feira 2 de fevereiro de 2018 | Edição do dia

Desde ontem (1), a violência policial vem promovendo tiroteios na Cidade de Deus no Rio de Janeiro. Com a justificativa de guerra às drogas, a polícia promove a violência e o terror nos morros do Rio de Janeiro. O tráfego da linha amarela chegou a ser interrompido.

Neste cenário, após uma jovem de 19 anos ser baleada durante a operação, Bolsonaro visitou a UPP da Cidade de Deus para fazer campanha eleitoral para os policiais.

“Não ouvi nenhum tiro”, disse o deputado ao Estado. “Foi tranquilo. Eles me receberam muito bem. Fui dar o meu apoio”.

Seu discurso é extremamente demagógico e serve para manter uma das policias que mais mata no Brasil. Sua política caminha no sentido contrário dos interesses da população que mora nas regiões ocupadas por bases da UPP, que têm constantemente seus filhos desaparecidos e assassinados por essa mesma polícia que ele exalta. Como é o caso da menina Eduarda morta a pela polícia dentro de sua escola.

Bolsonaro representa o que tem de mais reacionário na política no que diz respeito ao “combate ao crime”. Busca fortalecer um dos setores mais envolvidos com o tráfico de drogas e armas que é a própria polícia. Além de receberem constantes denúncias de violência e abusos de poder, como casos de torturas para conseguir confissões. Método que aliás, o próprio Bolsonaro defende.

Veja mais:PM e Forças Armadas voltam a invadir a favela da Rocinha

O Bolsonaro não é e não pode ser uma alternativa para acabar com a criminalização das favelas. Pesquisas mostram que mesmo depois de 25 anos de operações militares no Rio de Janeiro a violência não diminuiu, justamente porque a polícia é um setor chave para o tráfico. Além de promover a guerra às drogas que serve apenas para assassinar negros e negras nas periferias.

O Estado e a polícia são responsáveis pelo terror nos morros e nas favelas, pelo tráfico e pelo desaparecimento e assassinato da população negra e pobre no Rio e no resto do país. Não se pode depositar confiança em um candidato que fortalece esse setor.




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