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REPRESSÃO AOS TRABALHADORES | Chefia do CAISM e Reitoria da Unicamp perseguem trabalhadores após a greve

Recebemos no Esquerda Diário denúncias feitas pelos próprios trabalhadores da saúde que a chefia do CAISM (Centro de Atenção Integral à saúde da Mulher) está perseguindo diversos trabalhadores mantendo cortes de ponto, tentando mover funcionários de seu próprio setor e praticando assédio moral com os trabalhadores.

segunda-feira 6 de agosto de 2018 | Edição do dia

Durante pouco mais de um mês os trabalhadores da Unicamp lutaram por melhorias no salário e nas condições de trabalho. Com grande participação das enfermeiras e técnicas em enfermagem, assistimos uma das maiores greves já feitas pelos trabalhadores. A reitoria desde o começo veio ameaçando os trabalhadores, e no final de sua greve em uma dura repressão decidiu pelo corte de ponto afetando vários funcionários.

Desde o início o corte de ponto tinha por objetivo atacar os trabalhadores da saúde que eram o setor mais mobilizado da greve. Apesar da negociação de fim de greve, se manteve 45 pessoas com cortes de ponto (no caso F4 que abre precedente para demissão e retira direitos) e desses, 28 são só no CAISM e a reitoria insiste em manter-los.

A chefia do CAISM tenta impedir também a comunicação de greve básica, que é o ato de conversar com as pessoas, colar cartazes, esclarecer os motivos da mobilização, proibindo uma dirigente sindical de conversar com os próprios colegas de trabalho e os pacientes, para tranquiliza-los, sobre a greve e seus motivos. Assim como o fazer greve é um direito conquistado dos trabalhadores, o fato de comunicar ela também é.

Durante toda a greve as enfermeiras e técnicas fizeram cartas e avisos aos pacientes dizendo que seria garantido o mínimo de pessoal exigido na área da saúde, algo que o CAISM e a reitoria fecham os olhos, inventando mentiras sobre os trabalhadores para tentar reprimir ainda mais.

Além disso, as retaliações vem também no sentido de dificultar a vida dos trabalhadores, ignorando o acordo coletivo que prevê a troca de turnos entre os funcionários durante 4 vezes no mês. Alguns trabalhadores da greve não estão conseguindo nem trocar horários no dia de seu aniversário, que demonstra uma clara perseguição e descumprimento do acordo coletivo.

Repudiamos as ações da diretoria do CAISM, que a reitoria finge não saber mas apoia. Nós da Faísca estivemos lado a lado dos trabalhadores durante sua greve e não vamos deixar que as chefias sigam sua repressão, que tem por objetivo endossar um projeto de universidade, com o apoio da reitoria de Knobel e do governo do Estado de São Paulo, de um conhecimento que não serve para a maioria da população e ano a ano vem sucateando o serviço de saúde prestado pelos trabalhadores da saúde.




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