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LAVA JATO | Cerveró, Baiano, e outros podem ser condenados, denúncias se aproximam de Cunha e PMDB

sábado 25 de julho de 2015 | 00:00

O Ministério Público Federal (MPF) pediu novamente a condenação do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró; do empresário Fernando Soares (o Fernando Baiano); do consultor Júlio Camargo e do doleiro Alberto Youssef pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Investigados na Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, os quatro estão presos em caráter preventivo e, para o MP, não há motivos para que sejam liberados.

Os procuradores da República pedem que os denunciados sejam condenados a devolver R$ 296,8 milhões aos cofres públicos – valor estimado do prejuízo causado à petrolífera pelo “gigantesco esquema criminoso” montado por “empresários que pagavam propina a altos funcionários da estatal a fim de garantir contratos para a execução de projetos e empreendimentos de seus interesses”. Para garantir a restituição do prejuízo, o Ministério Público defende que sejam usados inclusive os valores bloqueados em contas e investimentos bancários em nome dos acusados, além do dinheiro apreendido durante as ações das PF.

Segundo os procuradores, os cargos de comando de diretorias da Petrobras eram preenchidos por meio de indicações políticas para garantir o repasse das propinas a agentes políticos.

Um núcleo financeiro, do qual Fernando Baiano é acusado de fazer parte, se encarregava de que os valores desviados chegassem às mãos dos destinatários. Para isso, simulavam contratos de serviços de consultoria e emitiam notas fiscais fraudulentas para que o esquema não fosse detectado pelos sistemas de controle.

Segundo publicado pelo jornal O Globo, Baiano é apontado como operador das propinas pagas ao PMDB, inclusive no que tange às acusações feitas na semana passada a Eduardo Cunha.

O MPF já havia acusado Cerveró pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro; Fernando Baiano como coautor da corrupção passiva e por lavagem de dinheiro; Júlio Camargo por corrupção ativa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e fraudes em contrato de câmbio; e Alberto Youssef pelo crime de lavagem de dinheiro. A denúncia foi integralmente recebida pela Justiça em dezembro de 2014.

Agência Brasil/Esquerda Diário




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