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Greve dos apps | Cerca de 100 motoboys em São Carlos paralisam ontem e hoje, fazendo legitimas reivindicações

Trabalhadores protestam contra os aplicativos Ifood, Uber Eats, Juma Entregas e Otto. Além do respeito à profissão, os motoboys reivindicam aumento de taxa por quilômetro, aumento de taxa mínima, código de entrega, fim da rota dupla e ser acionado somente quando o pedido estiver pronto. A paralização ocorre ao mesmo tempo que ocorre a greve dos entregadores de Jundiaí. Todo apoio à essas legítimas lutas!

terça-feira 12 de outubro de 2021 | Edição do dia

Foto: CBN São Carlos

Na manhã de ontem, segunda-feira (11), os trabalhadores se reuniram na região do Terminal Rodoviário e anunciaram a paralização, que irá durar até hoje, terça (12), contra os aplicativos Ifood, Uber Eats, Juma Entregas e Otto.

Veja mais: Entregadores de Jundiaí realizam greve de 4 dias, confira como apoiar

Além do respeito à profissão, os motoboys reivindicam aumento de taxa por quilômetro, aumento de taxa mínima, código de entrega, fim da rota dupla e ser acionado somente quando o pedido estiver pronto.

“Vamos deixar os aplicativos fechados e vamos comunicar as plataformas de entregas, avisando que estamos em paralisação. Vamos dar uma volta na cidade fazendo nossa manifestação e em alguns pontos fixos de locais que saem mais pedidos”, disse Cristian Nascimento, um dos organizadores da paralização. Segundo os organizadores, a expectativa é que 300 a 500 motoboys se juntem ao movimento.

De acordo com Nascimento, o momento econômico que o país enfrenta também influenciou na paralisação.

“Aumentou muitas coisas e não aumentaram as nossas taxas. A gente precisa desse aumento também para sustento próprio”, concluiu.

Os entregadores foram linha de frente durante a pandemia, trabalhando em condições bastante precárias e sem nenhum reconhecimento por parte das empresas de aplicativo, que pensam apenas em seus lucros.

A paralização ocorre ao mesmo tempo que ocorre a greve dos entregadores de Jundiaí, que entraram em greve no dia 9, e ficarão paralisados até hoje, lutando por melhores condições de trabalho. Eles se inspiram nos entregadores de São José dos Campos, que após seis dias de greve obrigaram a plataforma de delivery IFood e outros aplicativos a negociarem.

Em meio a uma forte crise econômica, com alta no desemprego e preço dos alimentos e combustíveis, lutas em curso como essa são fundamentais. Expressam o potencial de luta que a classe trabalhadora reserva para enfrentar todos os ataques da patronal e dos governos Bolsonaro, estaduais e Congresso Nacional.




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