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MOVIMENTO ESTUDANTIL | Centro Acadêmico do Teatro da UFRGS lança campanha contra as demissões das terceirizadas

Desde o mês passado o Centro Acadêmico Dionísio (CADi) do teatro da UFRGS tem batalhado por uma campanha em defesa dos trabalhadores terceirizados, se colocando contra as demissões e pela sua efetivação imediata sem necessidade de concurso público.

sexta-feira 18 de outubro de 2019 | Edição do dia

Em nota e vídeo feito pelo CADi, os estudantes denunciam os principais ataques de Bolsonaro à educação, como o corte de 30% nas verbas das universidades federais, o corte nas bolsas de pesquisa CAPES e CNPQ, o projeto Future-se, que visa privatizar o ensino público e colocam como esses ataques atingem os setores mais precarizados e explorados da universidade. Em nota, fazem um chamado ao DCE da UFRGS e demais centros acadêmicos a se juntarem nessa campanha e exigem o fim da terceirização, a efetivação imediata de todos os terceirizados sem necessidade de concurso público, a abertura do livro de contas da universidade para que a comunidade acadêmica decida para onde vai o dinheiro, a defesa do direito de matrícula a todos os alunos cotistas indeferidos e uma coordenação nacional para massificar a luta desde as bases contra os cortes, o Future-se e as reformas, com a juventude aliada à classe trabalhadora para dar uma resposta a extrema-direita que quer acabar com nosso futuro.

Na UFRGS, houve demissões em massa de trabalhadores terceirizados, setor majoritariamente formado por mulheres negras, com trabalhos superexplorados e salários de fome, que tiveram seus trabalhos dobrados. Em diversos departamentos, há apenas uma terceirizada para limpar o prédio inteiro, e no departamento do teatro, as portas começaram a ficar fechadas porque todos os terceirizados da segurança foram demitidos.

Essa semana, o CADi colou cartazes pela UFRGS com 15 frases diferentes, ligando a questão da demissão dos terceirizados com os ataques de Bolsonaro à educação e aos direitos trabalhistas e colocando a necessidade de uma saída anticapitalista rumo à uma universidade a serviço da classe trabalhadora, pautando o fim do vestibular, filtro social e racial, a estatização das universidades privadas e o não pagamento da dívida pública.

Na Unicamp, há um plano de demissão de 330 terceirizados, na UFSCar os terceirizados tiveram seus salários atrasados, só conseguindo recebe-los após 10 dias em greve e na UFRN um terceirizado morreu ao ter um ataque cardíaco trabalhando na reitoria e seu corpo só foi percebido no dia seguinte. É absurdo e inadmissível o nível de precarização que a terceirização possibilita e as reitorias garantem.

Os estudantes, que foram o primeiro setor a se levantar contra os ataques de Bolsonaro e irem às ruas em atos massivos no 15M e 30M devem se levantar novamente e demonstrar essa força lado a lado aos trabalhadores terceirizados e efetivos. Basta de descarregar a crise nas costas dos trabalhadores e da juventude!




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