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UNICAMP | Caso confirmado na moradia da Unicamp: quais medidas são capazes de responder?

Frente ao caso confirmado de COVID-19 na moradia estudantil da Unicamp, que sabemos que pode ser ainda mais já que não há testes massivos, apresentamos esse plano de emergência e combate a COVID-19.

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sexta-feira 15 de maio de 2020 | Edição do dia

É urgente que a reitoria tome medidas para impedir que mais pessoas sejam contaminadas e se exponham aos riscos, tanto na moradia quando no HC da Unicamp.

Medidas de Emergência para combater a COVID-19 na moradia e no HC:

1. Kit de Higiene para prevenir
É urgente que todos os moradores tenham acesso à máscaras, álcool em gel e produtos de limpeza para prevenir a contaminação.

2. Bolsas sem contrapartida a todos que precisam para se manter:
Com bolsas permanência a todos que precisam, podemos melhorar as condições de saúde e de isolamento dos estudantes, ainda mais nesse cenário de demissões e precarização da vida impostos por Bolsonaro e seu governo de militares. Além disso é preciso ter contratação de trabalhadores, já que os estudantes muitas vezes assumem funções que deveriam ser contratadas.

3. Testes e isolamento adequado para controlar a transmissão:
É urgente a testagem de todos os moradores e assim ter um isolamento racional. A reitoria também deve garantir o isolamento adequado para os que testarem positivo, pagando alocações se for preciso.

4. Para os trabalhadores do HC, a linha de frente do combate a COVID-19, exigimos:
EPIs, Liberação dos grupos de risco, testes e contratação já! Não podemos aceitar que quem está na linha de frente arrisque suas vidas todos os dias, nos unificamos com cada trabalhador da saúde para defender suas demandas.

5. Abaixo o EaD imposto autoritariamente pela reitoria que precariza nosso ensino e o trabalho docente. A reitoria impôs um EaD remendado aos estudantes e não dá as mínimas condições para tal, a internet na moradia não funciona bem e precariza ainda mais o ensino. Nós que devemos decidir os rumos do semestres, por isso propomos um Plebiscito para estudantes e professores decidirem.

A moradia estudantil vem sofrendo anos de cortes e precarização, resultado das políticas dos governos e da reitoria que gere a crise na universidade descarregando nas costas dos trabalhadores e dos estudantes mais pobres, são casas superlotadas, que alagam e ameaçam cair, além da logística da alimentação hoje gerar aglomerações e expor os estudantes. O Plano de combate ao coronavírus apresentado se mostra totalmente insuficiente para combater a contaminação do vírus na moradia e precisamos defender medidas que possam de fato responder a situação que só se agrava em todo país.

No HC chegam denúncias que racionam máscara, os trabalhadores não são testados e os grupos de riscos não estão sendo liberados, além da necessidade de contratação imediata que não é atendida. Frente a diminuição do ICMS a reitoria decidiu cortar 72 milhões do orçamento, o que vai impactar na infraestrutura da universidade e até mesmo em bolsas de permanência como é o aluno-artista, a mesma reitoria que no início do ano aplaudiu o aumento salarial para $39,2 mil reais e disse que teria condições de pagar.

Acreditamos que a saída para crise deve passar por exigir mais financiamento público estadual e federal inclusive exigindo a taxação das grandes fortunas para tal, já que não podemos aceitar que a crise seja paga com ataques às universidades. Além disso, é fundamental um comitê de crise que seja composto por estudantes, professores e trabalhadores, de maneira proporcional, para que as três categorias possam decidir os rumos da universidade, inclusive financeiros.

Também acreditamos que um comitê de emergência da moradia, composto por estudantes e trabalhadores, possa dar uma saída consequente para diminuir os riscos, já que não podemos deixar que a reitoria de Knobel faça o que bem quiser com as nossa vidas e nos imponha suas políticas como fez com o Ead remendado e precarizado, onde não temos condições nem materiais e nem psicológicas de fazer aulas à distância, e não garantem nem mesmo bolsas a todos que precisam, medidas de exclusão que só aprofundam as desigualdades dentro da universidade.

Frente a uma situação social e política do país onde Bolsonaro e seu governo de militares aumentam as demissões e a precarização da vida, é ainda mais absurdo que essas sejam as condições que a reitoria impõe aos estudantes. A crise política também se aprofunda, como vemos hoje com a saída de Teich do ministério da saúde, o que mostra como o governo de Bolsonaro não dará nenhuma saída à crise, mas também os que se opõe a ele como Dória não oferecem as medidas necessárias para o combate a covid e é parte de descarregar a crise nas estaduais paulistas. Diante disso a universidade poderia estar cumprindo um outro papel frente à crise, colocando sua estrutura para pesquisas, debates, produção de teste e EPIs para os trabalhadores e a população e é por isso que batalhamos junto as medidas de emergência.

Por isso, fazemos um chamado a todas as entidades da Unicamp, sobretudo o DCE, a tomar para si essas demandas dos estudantes mais pobres e dos trabalhadores e exigir da reitoria medidas concretas que garanta o combate a covid-19 tanto na moradia quanto no HC da Unicamp, não podemos pagar essa crise com as nossas vidas!




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